No nosso entender, dentre os inúmeros fatos e fatores em destaque neste final de mês e de semestre, a melhor manchete para a econômia global é a BREAKING NEWS dada a pouco pela CNN: BREAKING NEWS…
No nosso entender, dentre os inúmeros fatos e fatores em destaque neste final de mês e de semestre, a melhor manchete para a econômia global é a BREAKING NEWS dada a pouco pela CNN: BREAKING NEWS
Senado dos EUA cancela recesso da semana de 4 de julho, a fim de tentar resolver o impasse do teto da dívida, informou a líder da maioria Harry Reid.
Urge que o Congresso americano encontre uma solução para o teto do endividamento americano, pois até o FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL, de quem se deve esperar sempre sensatez e equilíbrio, já está se arvorando a alertas em relatório sobre os Estados Unidos, impertinentes e inadequados para uma instituição da sua importância, salientando a possibilidade de choque financeiro se o país declarar moratória em agosto, com grande abalo na economia mundial.
Com esta intrépida menção do FMI, não se pode descartar que o mercado de “CDS Credit Default Swap” volte a especular sobre os Estados Unidos, colocando-o em ponto de risco superior ao do Brasil, para nova rodada de deleite do nosso Ministro Mantega.
Esta, na realidade, é a questão que precisa ser solucionada, não sendo recomendado que se deixe a solução para agosto, até onde o “colchão” americano tem capacidade de resistir, evitando assim o incitamento a movimentos especulativos que nada contribuem para a economia mundial.
O final do mês de junho e do 1º semestre ocorre num ambiente menos tenso, mas marca, também, o fim nostálgico do plano de ajuda americana para estimular a retomada da atividade econômica, o chamado “QE2” (Quantitative Easing 2), sem ter atingido seu objetivo prioritário, já que os Estados Unidos vêm tendo de sua economia sinais desalentadores, contrariando as expectativas.
A aprovação do plano de austeridade grego, ontem, provocou um alívio para as economias mundiais, não pelo que agrega em perspectiva, mas pelo que evita provocar, pois a não aprovação poderia desarticular os 27 países da Comunidade Europeia em torno do Euro, que compreende dentro de si um núcleo periférico de países extremamente fragilizado; podendo comprometer a moeda Euro e a continuidade de participação de países no grupo; provocar abalos no sistema financeiro credor, etc. Todos sabemos que a Grécia é uma pequena economia, mas os efeitos nocivos seriam absolutamente desproporcionais.
Hoje o clima predomina,a quase totalidade das bolsas de valores mundiais operam no azul.
Nos Estados Unidos, embora com dados desapontadores nos pedidos de seguro desemprego que apontaram 428 mil pedidos na semana passada, ante projeção de 420 mil, embora menor do que os 429 mil da semana antecedente, um rali das ações ganhou algum impulso nesta quinta-feira, com os investidores repercutindo um relatório surpreendentemente forte sobre a atividade empresarial no Meio-Oeste. O clima de desconcentração derruba os preços dos T-Bills e eleva a rentabilidade “yeld” dos papéis de 10 anos de 3,11% para 3,19%; o Euro em alta cotado a US$ 1,4499 e o ouro em queda cotado a US$ 1,503,20 a onça troy, enquanto o petróleo sinaliza discreta alta de 0,35% cotado a US$ 95,10.
No Brasil, a BOVESPA opera descolada do cenário externo e tem comportamento bastante volátil.
No mercado de câmbio, que encerra hoje o ciclo de cálculo da Ptax diária por média ponderada, já que a partir de amanhã será extraída da média aritmética de 4 tomadas diárias pelo BC junto aos “dealers”, começando às 10 horas e encerrando-se às 13 hs., a expectativa é que seja forçada uma apreciação forte do real, a partir do que sugere o posicionamentos dos “hedge funds”, soberbamente “vendidos” líquidos nos derivativos em mais de US$ 21,0 Bi, enquanto os bancos estão relativamente nivelados, o que os torna neutros.
Não será surpresa se a taxa recuar até as proximidades do R$ 1,55, como colocamos ontem projetando para hoje.
Pela forma e pelo horário, que envolvem a nova apuração da Ptax, nos parece certo que o BC deseja neutralizar os efeitos oriundos dos mercados derivativos contaminando a formação do preço no mercado Físico. Neutraliza influência protegendo-o inclusive com o horário, ao mesmo tempo em que ao fazê-lo pela média aritmética neutraliza, também, os efeitos da manipulação indutória de preço provocado pelo giro no interbancário.
Nos parece uma “novidade” boa, porém inexplicavelmente tardia de parte do BC, que deve promover a aferição de taxa Ptax diária mais próxima da realidade do mercado de câmbio físico, por onde transitam os fluxos efetivos de moedas, e, ao mesmo tempo pode provocar uma brusca queda no volume de giro no interbancário diariamente.
É sabido no mercado que a BM&FBovespa tenciona criar uma “PTax paralela” para utilizar nas transações que registra no seu mercado de câmbio, mas isto poderia parecer uma anomalia, uma atipicidade com o objetivo direto de contrariar uma decisão de órgão superior. É preciso aguardar para verificarmos a efetividade desta atitude e se o BC se oporá a esta prática.
Boa notícia, porém para ser recebida de forma cautelar visto que a economia brasileira está em processo de desaceleração, é a informação do BC de que a economia feita pelo setor público para pagar os juros da dívida (superávit primário) foi de R$ 7,5 Bi em maio, acumulando no ano R$ 64,8 Bi ou 4,03%, uma alta de 63% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado. Com este resultado o superávit primário chega a 54,98% da meta do governo para todo ano que é de R$ 117,9 Bi ou 3% do PIB. O déficit para o ano está sendo projetado em 2,5%.