Hoje 29 véspera do final do semestre, aprovado pelo Parlamento Grego o amplo pacote de medidas de austeridade que prevê, com a mixagem da contenção de gastos e arrecadação de novos tributos até 2015, uma economia de Euros 28,0 Bi….
Hoje 29 véspera do final do semestre, aprovado pelo Parlamento Grego o amplo pacote de medidas de austeridade que prevê, com a mixagem da contenção de gastos e arrecadação de novos tributos até 2015, uma economia de Euros 28,0 Bi, habilitando o país ao recebimento de nova rodada de ajuda financeira da União Europeia e FMI, o mercado global “relaxa” de forma mais contundente e, no Brasil, período da formação da taxa PTax, última a ser definida pela média ponderada das operações do dia, visto que a partir do mês de julho a metodologia será modificada, nada mais impede que os “players” posicionados “vendidos” nos mercados de derivativos “apertem” a atuação indutora da apreciação do real, gerando, amanhã efetivamente, uma PTax provavelmente no entorno de R$ 1,55.
Se a decisão do Parlamento grego tornar-se-á realidade é difícil de ter-se esta convicção, mas a situação traumática tem, com a aprovação, uma sobrevida, postergando assim uma inevitável moratória que tende a tornar-se, por inevitável, realidade no futuro, e permitindo que se construa a “esperança” de que quem já deu evidências de absoluta incompetência gestora possa repetir-se, o mais provável, ou causar uma inesperada surpresa à comunidade internacional. O fato é que o mercado global tende a repercutir esta postergação estratégica, como se tenha sido uma solução, e, assim reabilitar os ânimos dos mercados e dos preços dos ativos.
Mas, todos sabemos, que a Grécia está, mais do nunca, “falando grego” ao mundo, já que é um país em “estado severo de desorganização financeira”. Certamente, o “estado de convulsão” popular será predominante e o governo poderá perder sua capacidade de governar.
Todos rolam, ninguém recebe, ninguém paga, e vamos em frente!!
As bolsas no exterior repercutiram com fortes altas no Japão, Europa e intensificam-se nos Estados Unidos. O Petróleo está em alta de 2,76% cotado a US$ 95,45 o barril na Nymex, enquanto os T-Bills de 10 anos evidenciam toda a descontração e caem elevando a rentabilidade “yeld” de 3,04% para 3,09%, com o dólar caindo ante todas as moedas, cotado frente ao Euro a US$ 1,4422.
No Brasil, com os bancos “vendidos” no mercado físico em torno de US$ 13,6 Bi, segundo dados do BC, e “comprados” líquidos no mercado de derivativos em US$ 11,5 Bi, tem um pequeno viés tendente a estimular a apreciação do real, porém os “hedge funds” com sua magnânima posição “vendida” líquida de US$ 21,3 Bi, estão jogando todas as suas fichas numa apreciação do real mais intensa.
Desta forma, não há como não imaginar-se uma “afundada” no preço da moeda americana até amanhã no nosso mercado, independente do fato do dólar estar caindo no exterior, como ocorre hoje, pois os motivos internos são e serão preponderantes para o comportamento do preço do real neste final do mês.
A nossa BOVESPA segue a “onda” externa, mas com ritmo menor, subiu muito na véspera e pode estar até havendo alguma realização, já que não se nutre expectativa de que possa decolar, pois o investidor estrangeiro, do qual é dependente, não está identificando oportunidades numa economia que está perdendo ritmo gradualmente, e, as “commodities” não inspiram tendências críveis neste momento.
A FGV divulgou o IGP-M de junho com deflação de 0,18%, maior do que as projeções, após ter tido alta de 0,43% em maio. No ano acumula 3,15% e nos últimos 12 meses 8,65%.
O Relatório Trimestral de Inflação, em sua 2ª edição neste ano pelo BC, indica ritmo de crescimento sustentável da economia. Manteve a projeção para o PIB 2011 em 4,0%, um pouco otimista ainda frente ao mercado, porém elevou as projeções para o IPCA de 2011 de 5,6% para 5,8% e 2012 de 4,6% para 4,8%. Embora o mercado ainda tenha uma visão de IPCA de 2011 em torno de 6,16%, acreditamos que a retração da demanda por crédito que reflete na demanda do consumo e o nível de inadimplência poderão contribuir para que alcance um IPCA mais próximo da previsão do BC do que do mercado financeiro, expresso no Boletim FOCUS.