Uma sexta-feira sem indicadores importantes no cenário global, e, no nosso mercado de câmbio, teremos o BC realizando mais um leilão de lote de 20.000 contratos de “swap cambial reverso”, com o objetivo “teórico” de dar suporte ao preço da…
Uma sexta-feira sem indicadores importantes no cenário global, e, no nosso mercado de câmbio, teremos o BC realizando mais um leilão de lote de 20.000 contratos de “swap cambial reverso”, com o objetivo “teórico” de dar suporte ao preço da moeda americana, mas que na prática resultará em maior apreciação do real.
O fato tem pouca repercussão no mercado de câmbio, a ponto de sequer causar a habitual volatilidade no preço da moeda americana,ou seja, alta para registro dos “swaps” com posterior baixa, já que, sabidamente, é ineficaz.
Com o BC tornando crescente a oferta deste instrumento no mercado de câmbio, certamente, haverá ambiente para iniciação de um movimento mais acentuado de apreciação do real.
Esta consequência não parece ser a objetivada pela autoridade monetária , que vem sinalizando interesse em dar sustentabilidade ao preço da moeda americana, focando estimular o comércio exterior brasileiro.
Salvo se, dada a pressão inflacionária presente, estiver havendo um interesse momentâneo de promover uma apreciação do real, para que, em conjunto com o juro, a exemplo do governo anterior, seja um instrumento a mais na contenção da espiral inflacionária.
Enfim, fica a conferir!
Merece destaque o fato das captações de empresas brasileiras estarem atingindo US$ 10,0 Bi neste mês de janeiro, o que, naturalmente, exigirá atuação do BC com seus leilões de compra no mercado à vista, quando efetivados os ingressos, retirando-os para as reservas cambiais brasileiras.
No mais, poucas novidades no exterior, merecendo observação mais detida a China, que após revelar crescimento do PIB em 2010 acima das melhores projeções, cria expectativa no cenário global quanto à eventual adoção de medidas focando o desaquecimento do ritmo de crescimento econômico, e isto, naturalmente, se efetivado, terá repercussões negativas.
No mais, os dados e indicadores econômicos de uma forma geral na Europa e Estados Unidos continuam muito desalinhados entre si, dificultando formar-se efetivo juízo sobre recuperação econômica. As moedas fortes repercutem com certa volatilidade este cenário mutante.
O dólar hoje cai ante o Euro, sendo cotado a US$ 1,3543 e os T-Bills americanos de 10 anos apontam rendimento de 3,42% a.a.