Dólar deveria estar em torno de R$ 4,30
Por NGO
Nesta quinta-feira (11/02), o dólar avançou frente ao real, pelo terceiro dia seguido. O preço da moeda é influenciado pelo clima de aversão a risco nos mercados globais, que é provocado pelo medo de que o crescimento da economia mundial seja ainda menor.
Para o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, o Brasil tem fundamentos frágeis que justificam a aversão ao risco imutável no curto prazo. “Dólar deveria estar em torno de R$ 4,30 neste momento. A projeção do preço para R$5 no final do ano continua e a evolução será acentuada após a divulgação dos números da economia brasileira no primeiro trimestre”, ressalta.
Esse clima vem logo após a presidente do Fed, Janet Yellen, admitir riscos do aperto das condições da economia americana. De acordo com o jornal Estadão, o pronunciamento da autoridade trouxe boas e más notícias para o Brasil, já que os juros devem subir lentamente nos Estados Unidos, isso se houver elevação e isso é uma informação positiva, mas em contrapartida as condições de crescimento americano são menores aliado as incertezas quanto a economia global têm aumentado a instabilidade do mercado, sendo preocupante a situação das economias emergentes mais vulneráveis as dificuldades do mercado externo.
Diante deste cenário, o diretor da NGO reforça que a fragilidade brasileira faz o país vítima de qualquer mal, tornando-se vulnerável a qualquer movimentação internacional.
Na manhã de quinta-feira, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 3,487 bilhões de dólares, ou cerca de 34 por cento do lote total, que equivale a 10,118 bilhões de dólares.
No Boletim Câmbio News, da NGO Corretora de Cambio o dia 05/02, o diretor Sidnei Nehme já havia ressaltado que não há truques e nem movimentos de mercado de câmbio interno que permitam o irrealismo na formação do preço da moeda americana.
A projeção, feita pela NGO em dezembro de 2015, indicando o preço da moeda americana para o final do ano em R$ 5,00 continua e esta tendência será acentuada com divulgação dos números da economia do 1º trimestre.