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Confira o ICVM, Índice do Custo de Vida da Classe Média, de Fevereiro realizado pelo Economista José Tiacci Kirsten

Por CORECON-SP

Em Fevereiro do corrente ano, o ICVM aumentou 0,92%, inferior aos 1,50% verificados em Janeiro,e inferior também ao aumento verificado em Fevereiro/2015, que foi de 1,19%. Com isso, e pela primeira vez nos últimos 12 meses, o índice refluiu de 10,64% para 10,34%.

Por grupos, as variações e as contribuições relativas para o aumento em Fevereiro, estão apresentadas na tabela seguinte.

O Índice

O Índice do Custo de Vida da Classe Média – ICVM, é elaborado pela Ordem dos Economistas do Brasil, diz respeito às famílias paulistanas que recebem de 10 até 39 salários mínimos, e abrange cerca de 20% da população da Cidade de São Paulo, e 40% da massa consumidora. Corresponde às classes médias média e média alta.

As Variações do Mês de Fevereiro/2016

Os 4 grupos, por ordem de importância – Habitação, Despesas Pessoais, Transportes e Alimentação, explicam 87,8% da majoração do ICVM.

O grupo que mais pressionou o índice em Fevereiro foi Habitação que responde por pouco mais de um terço (35,2%) da majoração. Seu aumento em Fevereiro foi de 1,07%, de 1,75% no primeiro bimestre e de 10,23% nos últimos 12 meses. Aqui o destaque fica por conta do aumento do Imposto Predial (IPTU) de + 8,60% em Fevereiro, dos serviços domésticos (+ 0,70%) e de conta/recarga do telefone celular (+ 1,91%). Sozinhos, estes 3 itens são responsáveis por quase 20% da majoração do ICVM.

Despesas pessoais foi o segundo grupo a pressionar o indicador, com o maior aumento por grupo em Fevereiro (1,22%) e explica 18,6% da majoração. Nos últimos 12 meses, já acumula uma alta de 11,25%. Aqui cabe destaque para o aumento de + 2,36% nas viagens de excursão e de + 3,21% na passagem aérea.

O terceiro grupo que pressiona o indicador em 17,6% foi Transportes, com 0,99% de incremento no mês, 2,21% no bimestre e 8,27% nos últimos 12 meses. Aqui se destacam os aumentos em etanol (+ 3,84%), licenciamento de veículos (+ 1,74%), ônibus (+ 2,38%), gasolina (+ 0,78%), mecânico (+ 2,03%) e integração ônibus x metrô (+ 2,35%).

Finalmente o grupo alimentação explica 16,4% da variação do indicador, aumentando 0,91% no mês, 2,85% no primeiro bimestre e 11,36% nos últimos 12 meses. Os destaques ficam por conta da refeição fora do domicílio (+ 1,06%) e leite longa vida (+ 2,45%).

O Novo Índice de Serviços x Produtos

O ICVM está desmembrado em dois Sub-Índices: Serviços e Produtos. O sub-índice de serviços é composto por 82 itens e tem um peso de 56,41% no índice geral. O sub-índice de produtos apresenta 386 componentes e pesa 43,59%. Em Fevereiro, o índice de serviços experimentou uma alta de 1,01%, e acumula uma elevação de 10,87% nos últimos 12 meses devido principalmente ao aumento do Imposto Predial. O índice de produtos aumentou 0,80%, devido ao aumento nos itens de alimentação, e a alta acumulada no ano é de 9,67%.

O Índice de Difusão

Dos 453 itens que compõem o ICVM, 306 ou 67% subiram, 17 (4%) ficaram estáveis e 130 (29%) caíram. O índice de difusão tem oscilado na casa dos 70%; foi de 72% em Outubro, 74% em Novembro e de 72% em Dezembro de 2015, subiu para 75% em Janeiro. Agora caiu para 67%, o que também é um bom indicador da desaceleração da inflação em períodos de 12 meses.

As Fontes dos Dados

Os dados brutos de preços são fornecidos por 2 fontes: uma própria da Ordem dos Economistas, principalmente na construção dos Índices Hedônicos referente a bens e serviços mais sofisticados e que são consumidos e utilizados pelas classes média-média e média-alta. A outra fonte é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE que, por meio de convênio com a Ordem dos Economistas, se prontifica a fornecer mensalmente as variações de preços dos subitens que compõem o seu Índice de Preços ao Consumidor.

A tabela a seguir, resume os aumentos verificados por grupos no período de 12 meses compreendido entre Fevereiro de 2015 a Janeiro de 2016, em ordem decrescente: