O país vê dólares líquidos deixarem o país em volume de US$ 15,8 Bi, para o qual contribuiu US$ 48,7 Bi de saídas líquidas financeiras, num ambiente que provocou retração no preço do dólar para o preço de R$ 3,19.
Por que ocorre apreciação do real num ambiente em que os fluxos cambiais são adversos?
Há incoerência?
Ademais os dólares que ingressam e que são insuficientes para fazer face ao fluxo necessário são, sabidamente, predominantemente especulativos em renda fixa e/ou variável carentes de qualidade, pois não direcionados à conta capital.
Não há bons fundamentos para o que ocorre, e a suposta melhora do país não é concreta, mas tão somente um anseio e a economia e política fiscal perduram, e o fato principal de impacto que é o fluxo satisfatório de divisas externas não ocorre, muito pelo contrário, com perspectivas ruins para o crescimento do PIB e muito pior para a atividade industrial.
A queda da inflação é intensamente consequente da retração da atividade econômica que perdura e muito menos do fato do país ofertar rentabilidade atraente.
É sempre ponto de dúvida e questionável se eventual queda da taxa SELIC não terá efeito inflacionário na economia anulando os benefícios da retração da atividade econômica, indicando que a economia precisa de taxa cambial mais equânime com a realidade do país.
Irrealidades tornam o Brasil um país complexo que gera indicativos econômicos descompassados com sua realidade.
Parece que estamos vivendo com estas irrealidades e criando otimismo, até certo ponto carentes de fundamentos.
Este contexto poderá evidenciar em algum momento que a economia precisa operar com maior realidade na taxa cambial, caso contrário os impactos no setor produtivo poderão se tornar evidente.
Enfim, taxa cambial compatível com o perfil do fluxo que observamos e não com o imaginário.