Quando sucumbem os fundamentos, a “esperança” passa a dar suporte à resistência à ideia de que o pior possa acontecer.
Este sentimento se fez presente ontem e hoje no mercado global, pois, embora em termos efetivos não tenha havido mudança do quadro de fragilidades na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, o que poderia dar consistência ao ambiente intranquilo, a crença de que a ninguém interessa o “default” da Grécia, pois poderia provocar efeitos mais danosos à economia mundial, dado o efeito cascata, do que o caso do Lehmann Brothers em 2008, alimenta a perspectiva de que pior do que está não…
Quando sucumbem os fundamentos, a “esperança” passa a dar suporte à resistência à ideia de que o pior possa acontecer.
Este sentimento se fez presente ontem e hoje no mercado global, pois, embora em termos efetivos não tenha havido mudança do quadro de fragilidades na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, o que poderia dar consistência ao ambiente intranquilo, a crença de que a ninguém interessa o “default” da Grécia, pois poderia provocar efeitos mais danosos à economia mundial, dado o efeito cascata, do que o caso do Lehmann Brothers em 2008, alimenta a perspectiva de que pior do que está não ficará mesmo.
Os Ministros das Finanças das economias europeias não resolveram, mas não disseram não, jogando a perspectiva da ajuda para mais adiante, ou seja, a “esperança” foi mantida viva, e, para um cenário em que pouco há onde se pode encontrar suporte, isto é muito ou quase tudo.
Resta agora que o Primeiro Ministro grego Papandreou obtenha o indispensável voto de confiança, caso contrário é até difícil de imaginar como ficarão as coisas, e, se o próprio Ministro resistirá ou deixará o seu cargo vago. Se a moção de confiança for aprovada, será uma sinalização inicial de que o país deverá aprofundar o ajuste fiscal em curso, por meio de novas medidas de corte de gastos e privatizações, condição para que continue viável o plano de ajuda financeira ao país. O “tamanho” da dificuldade grega no campo fiscal é da ordem de Euros 330,0 Bi e a Grécia tem uma população de 11 milhões, o que equivale a cada grego ter um passivo de Euros 30,0 mil, o que não é pouco.
As reações das bolsas parecem, no todo, um pouco exacerbadas para que se atribua tão somente as expectativas presentes ao problema grego, havendo já citações em agências noticiosas de que o FED poderia, em sua reunião de amanhã, prorrogar por um novo período a continuidade do plano de socorro “QE2” que está se encerrando.
Nos parece que este fato em torno do FED tem mais força estimulante ao comportamento das bolsas americanas, nesta terça-feira, do que, tão somente, a questão em torno da Grécia.
O fato é que até o petróleo já está recuperando preço cotado a US$ 94,20 o barril na Nymex, com alta de 1,01%. Da mesma forma, a curva de juro do T-Bill de 10 anos dá uma relaxada e abre até 2,98%, e, o euro é cotado a US$ 1,4370.
No Brasil, a BOVESPA segue o exterior e opera em alta, mas menos entusiasmada, enquanto o dólar mantém preço em torno da estabilidade, com discreto viés de baixa, até porque o final do mês se aproxima e este mês ainda haverá a disputa em torno da PTax e os “vendidos” estão fortemente posicionados.
Hoje foi divulgado pelo IBGE o IPCA-15 com alta de 0,23%, acima das projeções do mercado que se situavam em torno de 0,17%, porém bem abaixo do 0,70% registrado em maio. O índice acumula 6,55% em 12 meses.
A FGV divulgou o IGP-M em sua 2ª prévia com deflação de 0,21%, discretamente maior do que o 0,17% projetado pelos analistas.