Preço do dólar: Semana é marcada por incertezas e volatilidade
Por NGO
A maior alta percentual diária desde 21 de setembro de 2011, quando a moeda norte-americana tinha subido 3,75%, aconteceu nesta segunda-feira (28/09), quando o dólar comercial fechou em alta de 3,37%, a R$ 4,11 na venda. Segundo maior valor desde a criação do Plano Real (1994).
Para o economista e diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, este quadro reflete os enfrentamentos do BC ao mercado. “Enfrentamento sem instrumentos novos dá nisto!”, conta Nehme.
O economista ressaltou em sua análise no Boletim Câmbio News, que os enfrentamentos do BC ao mercado merecem cuidados, porque causam volatilidade constante, sem que o objetivo seja alcançado.
A terça-feira (29/09) foi marcada por forte volatilidade, oscilando ao sabor de especulações sobre a possibilidade de o Banco Central atuar no mercado à vista e reagindo com alívio aos números melhores que o esperado sobre as contas públicas brasileiras.
O economista da NGO alerta: “Só a volatilidade garante a especulação e o lucro. Mercado sabe das limitações do BC”. Ele ainda ressalta que a volatilidade deve ser movimento prevalecente e duradouro enquanto BC buscar conter preço do dólar com enfrentamento medindo forças.
Já na quarta-feira (30/09), o dólar recuou 2% e voltou a ser vendido abaixo de R$ 4. Investidores recebiam bem as ações tomadas pelo governo para apaziguar as tensões com a base aliada no Congresso, mas a briga pela Ptax e incertezas sobre a intervenção do Banco Central prometiam sustentar a instabilidade no mercado de câmbio.
Nehme fez um alerta importante sobre o cenário de quarta-feira: “Atenção, não se iludam hoje é dia da fixação da PTax.
Na quinta-feira (01/10), o dólar ampliou a alta para cerca de 1%, voltando a 4 reais, com o quadro político incerto no Brasil deixando o mercado mais sensível à piora do humor nos mercados externos.