Recessão e perda da atratividade compõem o cenário da economia brasileira
Por NGO
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (22/10) a taxa de desemprego no país, que permaneceu em 7,6% em setembro, permanecendo estável em relação ao mês anterior. Em setembro de 2014 a taxa de desocupação era de 4,9%.
O rendimento médio real dos trabalhadores também sofreu uma queda de 0,8% em setembro, em relação a agosto e o recuo se faz mais evidente com um comparativo com o mesmo período do ano passado, registrando uma baixa de 4,3%.
Para o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme, o cenário de recessão emite sinais consistentes. Além dos dados negativos sobre o emprego no país, o Índice de Atratividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,76 por cento em agosto sobre o mês anterior. Em julho o indicador mostrou ligeira perda de 0,01 %, sobre queda de 0,02% divulgada anteriormente.
“A perda da atratividade econômica é notória”, conta Sidnei Nehme. A economia brasileira entrou em recessão técnica no segundo trimestre, quando encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores.
Os dados econômicos somados a instabilidade política também podem afetar diretamente no rating do Brasil. A analista sênior da agência Fitch, Shelly Shetty, disse para a Reuters, que os próximos meses serão importantes para a definição de tirar ou não o grau de investimento do país. Para o diretor da NGO, o país está na mira num cenário desfavorável.
Une-se a isso, a instabilidade do real, que a cada desvalorização traz uma pressão inflacionária ainda maior, juros altos e menor crescimento. “Uma moeda local sem tendências sobre a qual sobram incertezas de todas origens”, afirma Sidnei Nehme.