“Temos exaustivamente afirmado que no Brasil de dá peso maior do que o real para o embate sino-americano. Eis um estudo…” |
Criticado regularmente por ter a economia fechada, o Brasil é um dos países menos expostos à desaceleração da atividade causada pela diminuição do comércio global por causa dessa característica, de acordo com a consultoria Oxford Economics, baseada em Londres. Também mais isolados estariam a Índia e os Estados Unidos, um dos atores de uma guerra travada atualmente com a China. Ao mesmo tempo, as nações apontadas como as mais vulneráveis são as asiáticas, como Coreia do Sul, Cingapura, Tailândia, Taiwan, Malásia, e a europeia Alemanha.
“A exposição das economias asiáticas é maior devido à alta taxa de exportações e à forte integração comercial com a China – especialmente dada a escalada das tensões comerciais EUA-China”, pontuou o economista da consultoria, Adam Slater. Ele enfatizou que, da mesma forma, a Alemanha é altamente orientada para a exportação, mas também é especializada em exportações de bens de capital, que costumam se enfraquecer mais em desacelerações comerciais.
A lista da Oxford Economics contempla Tailândia, Taiwan, Malásia, Coreia e Alemanha como as economias mais ‘facilmente afetadas por terem alta parcela de valor agregado doméstico voltado para as vendas externas de 30% a 40%. Na outra ponta estariam Estados Unidos, Brasil, Japão e Índia, como mercados muito mais fechados, com participação do valor agregado interno nas exportações dos EUA, por exemplo, de apenas 10%. Uma estimativa estática simples implicaria que uma queda de 1% na demanda final mundial poderia reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) americano em cerca de 0,1%, mas reduziria o PIB alemão ou tailandês em 0,3% ou 0,4%.
Fonte: Broadcast Estadão
Publicado: 28 de maio de 2019