– Após oscilar, bolsa fecha com pequena queda de 0,13% –
Em um dia sem notícias econômicas relevantes no Brasil, o mercado financeiro foi fortemente impactado por turbulências nos Estados Unidos e na Ásia. O dólar comercial encerrou a quarta-feira (24) a R$ 5,657, marcando uma alta de R$ 0,071 (+1,27%). A moeda americana valorizou-se durante todo o dia, com uma alta acentuada à tarde devido à pressão do mercado norte-americano, atingindo uma máxima de R$ 5,66 por volta das 16h.
Esse valor é o mais alto desde 2 de julho, com o dólar acumulando uma alta de 1,23% no mês e de 16,57% em 2024.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou em 126.512 pontos, com uma leve queda de 0,13%. A bolsa não caiu mais devido ao desempenho positivo das ações da Petrobras, que ajudaram a sustentar o índice. As ações ordinárias da petroleira subiram 1,01%, enquanto os papéis preferenciais valorizaram-se 0,8%, impulsionados pela leve recuperação no preço do petróleo no mercado internacional.
Três fatores principais pressionaram os mercados financeiros, especialmente em países emergentes, nesta quarta-feira. O primeiro foi a desaceleração da economia chinesa, que reduziu o preço das commodities e afetou a entrada de divisas nos países emergentes, elevando a cotação do dólar.
O segundo fator foi a expectativa de que o Banco Central japonês possa aumentar os juros e reduzir a compra de títulos públicos para conter a desvalorização do yen. A alta nas taxas de economias avançadas tende a provocar a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. O Banco Central japonês se reunirá na próxima semana.
As taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados investimentos mais seguros, voltaram a subir à tarde, o que também contribuiu para a retirada de capitais de países emergentes.
Fonte: B3 / EBC