– Declarações de Trump em Davos impactam mercados globais –
O dólar comercial fechou esta quinta-feira, 23 de janeiro, em queda de 0,34%, sendo vendido a R$ 5,92. Este é o menor valor registrado desde o final de novembro de 2024, marcando uma tendência de alívio no câmbio. A desvalorização ocorre em meio ao impacto das declarações recentes do presidente norte-americano, Donald Trump, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.
Bolsa brasileira recua com ações de commodities
Enquanto o dólar recuava, o mercado acionário brasileiro teve um desempenho mais contido. O Ibovespa caiu 0,4%, fechando aos 122.483 pontos. Entre os papéis mais impactados estão os de grandes companhias de commodities, como Vale e Petrobras, pressionados pela queda nos preços internacionais do petróleo e do minério de ferro.
Trump fala em Davos e gera reações no mercado
Em sua participação no Fórum de Davos, Trump reforçou planos para reduzir os preços do petróleo e pressionar cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos. Essas declarações elevaram a volatilidade nos mercados globais, levando investidores a recalibrar expectativas para políticas monetárias e comerciais em 2025.
Efeito para economias emergentes
A postura mais amena em relação a tarifas para a América Latina também beneficiou mercados emergentes, como o Brasil. Embora tenha reafirmado medidas de proteção comercial contra China, México e Canadá, o presidente norte-americano indicou que não pretende estender essas tarifas a outras regiões, o que trouxe alívio ao câmbio brasileiro.
Perspectivas para o câmbio e a bolsa
Especialistas apontam que o cenário internacional continuará determinando o comportamento dos ativos brasileiros. A combinação de um dólar mais fraco com taxas de juros atrativas no Brasil pode atrair maior fluxo de capitais ao longo das próximas semanas. No entanto, a volatilidade gerada por incertezas nas políticas de Trump ainda deve manter os mercados sob pressão.
Com o dólar se mantendo em patamares mais baixos e a bolsa ajustando expectativas, o mercado segue atento a novos desdobramentos nas relações comerciais e aos sinais do Federal Reserve sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.
Fonte: B3