– Corrente de Comércio chega a US$ 11 bi na primeira semana de dezembro –
A balança comercial brasileira encerra 2024 com resultados contrastantes, refletindo mudanças nas dinâmicas globais e no comportamento de setores estratégicos da economia. Na primeira semana de dezembro, a balança registrou um superávit de US$ 1 bilhão e corrente de comércio de US$ 11 bilhões, com exportações totalizando US$ 6 bilhões e importações em US$ 5 bilhões. No acumulado do ano, o superávit atingiu US$ 71 bilhões, enquanto a corrente de comércio alcançou US$ 565,6 bilhões, um crescimento de 2,8% em relação a 2023.
Comparando a primeira semana de dezembro de 2024 com o mesmo período de 2023, as exportações recuaram 17,2%, enquanto as importações cresceram 2,1%. Como resultado, o superávit comercial caiu 57,6%, e a corrente de comércio encolheu 9,4%, refletindo um cenário de ajustes nas trocas internacionais.
Setores em destaque
Os setores da agropecuária e indústria extrativa foram os mais afetados no período. As exportações agropecuárias retraíram 18,9%, com quedas acentuadas nas vendas de soja (-42,3%) e milho (-27,4%). A indústria extrativa apresentou uma redução de 56,7%, influenciada pelo declínio nas vendas de minério de ferro (-43,3%) e petróleo bruto (-68,4%).
Em contrapartida, a indústria de transformação obteve um leve crescimento de 2% nas exportações, impulsionado por produtos como celulose (+91%) e alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (+108,5%). Do lado das importações, a agropecuária avançou 18,9%, enquanto a indústria de transformação cresceu 3,6%, refletindo maior demanda por bens como medicamentos (+70,8%) e equipamentos de telecomunicações (+32,6%).
Conclusão
O desempenho da balança comercial brasileira em 2024 ressalta os desafios enfrentados pelos setores exportadores e a crescente demanda interna por produtos importados. Apesar da retração no superávit, a corrente de comércio em alta destaca o papel do Brasil como um importante ator nas cadeias globais de comércio. A diversificação de produtos e mercados será crucial para consolidar a posição do país no cenário internacional.
Fonte: MDIC
