BC divulga dados do balanço de pagamentos de agosto/2014

Banco Central do Brasil – 24/09/2014
Nota para a imprensa / Setor Externo

BC divulga dados do balanço de pagamentos de agosto/2014 

O balanço de pagamentos apresentou superavit de US$2,4 bilhões em agosto. O deficit em transações correntes somou US$5,5 bilhões no mês e US$54,8 bilhões no ano, patamar inferior ao registrado no mesmo período de 2013, US$57,6 bilhões. Nos doze meses até agosto, as transações correntes acumularam deficit de US$78,4 bilhões, equivalente a 3,47% do PIB. Na conta financeira, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED), US$6,8 bilhões, e investimentos estrangeiros em carteira, US$5,4 bilhões.

Banco Central do Brasil – 24/09/2014
Nota para a imprensa / Setor Externo

BC divulga dados do balanço de pagamentos de agosto/2014

I – Balanço de pagamentos – Agosto de 2014

O balanço de pagamentos apresentou superavit de US$2,4 bilhões em agosto. O deficit em transações correntes somou US$5,5 bilhões no mês e US$54,8 bilhões no ano, patamar inferior ao registrado no mesmo período de 2013, US$57,6 bilhões. Nos doze meses até agosto, as transações correntes acumularam deficit de US$78,4 bilhões, equivalente a 3,47% do PIB. Na conta financeira, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED), US$6,8 bilhões, e investimentos estrangeiros em carteira, US$5,4 bilhões.

A conta de serviços apresentou deficit de US$3,8 bilhões em agosto, 9,8% inferior ao observado no mesmo mês de 2013. O gasto líquido com viagens internacionais alcançou US$1,9 bilhão, elevação de 9,8% relativamente ao verificado em agosto de 2013. O saldo decorreu do recuo de 3,6% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil e da expansão de 6,6% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior. As despesas líquidas com transportes totalizaram US$836 milhões, 8,3% inferior ao resultado do mesmo mês de 2013. Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se, em agosto, as despesas líquidas com aluguel de equipamentos e com royalties e licenças, na ordem, recuo de 8,7%, e elevação de 6%, na mesma base de comparação.

As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$3 bilhões no mês, 7,8% acima do resultado de agosto de 2013. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$2,3 bilhões no mês, ante US$2 bilhões ocorridas no mesmo período de 2013. No ano, até agosto, as remessas brutas de lucros e dividendos totalizaram US$17,5 bilhões, recuo de 6,5% em relação aos oito primeiros meses de 2013. As despesas líquidas de juros alcançaram US$650 milhões no mês, comparadas a remessas de US$799 milhões em agosto de 2013.

No mês, as transferências unilaterais somaram ingressos líquidos de US$86 milhões, inferiores ao resultado de agosto de 2013, US$241 milhões. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$152 milhões, redução de 11,9% na mesma base de comparação.

Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$1,2 bilhão em agosto. A participação no capital de empresas no exterior somou liquidamente aplicações de US$2,1 bilhões, enquanto os ingressos líquidos provenientes de amortizações de empréstimos intercompanhias atingiram US$898 milhões.

O ingresso líquido de IED totalizou US$6,8 bilhões no mês, composto por US$4,5 bilhões na modalidade participação no capital e US$2,3 bilhões em desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias. Nos doze meses encerrados em agosto, os ingressos líquidos de IED somaram US$67 bilhões, equivalentes 2,97 % do PIB.

Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$5,4 bilhões em agosto, compostos por entradas líquidas de US$1,6 bilhão em ações e de US$3,7 bilhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País somaram ingressos líquidos de US$3,4 bilhões. Os bônus públicos negociados no exterior apresentaram ingressos líquidos de US$1,5 bilhão, decorrentes de receita da emissão do Global 45, US$3,6 bilhões, e amortizações de outros papéis de emissão da República recebidos em troca, US$2,1 bilhões. As amortizações líquidas de notes e commercial papers atingiram US$1,3 bilhões no mês, formadas por desembolsos de US$410 milhões e amortizações de US$1,7 bilhão. Os desembolsos em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior atingiram US$174 milhões.

Os outros investimentos brasileiros registraram aplicações líquidas no exterior de US$6,2 bilhões em agosto. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior somaram US$5,2 bilhões. Os depósitos mantidos no exterior, por bancos residentes no Brasil, foram reduzidos em US$690 milhões, enquanto os depósitos do setor não financeiro aumentaram US$1,6 bilhão.

Os outros investimentos estrangeiros no País apresentaram ingressos líquidos de US$3 bilhões em agosto. O crédito comercial de fornecedores registrou desembolsos líquidos de US$2,3 bilhões, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazos somaram amortizações líquidas de US$129 milhões.

II – Reservas internacionais

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$379,4 bilhões em agosto, elevação de US$315 milhões em relação ao mês anterior. Em agosto, o estoque de linhas com recompra atingiu US$200 milhões, recuo de US$2,1 bilhões em relação à posição de julho. A receita de remuneração das reservas somou US$251 milhões. As variações por preços aumentaram o estoque em US$607 milhões, enquanto as variações por paridades provocaram diminuição de US$684 milhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$379,2 bilhões em agosto, aumento de US$2,4 bilhões em relação ao mês anterior.

III – Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para agosto totalizou US$333,1 bilhões, diminuição de US$131 milhões em relação ao montante apurado para junho de 2014. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$288,3 bilhões, redução de US$2,6 bilhões, enquanto o estoque de curto prazo somou US$44,8 bilhões, aumento de US$2,4 bilhões em relação ao estoque de junho de 2014.

Contribuíram para a variação da dívida externa de longo prazo no período a amortização líquida de empréstimos de longo prazo pagos efetuada pelo setor financeiro, US$3,8 bilhões, e desembolso líquido de US$1,5 bilhão referente à emissão externa da República. A variação da dívida externa de curto prazo decorreu de empréstimos de curto prazo tomados pelo setor financeiro e não financeiro, US$1,5 bilhão e US$636 milhões, respectivamente.

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