Balança comercial tem superávit de US$ 45 bilhões
Brasil também firmou parcerias com a França, Reino Unido, Rússia, Japão, Irã, Suécia, Índia, Estados Unidos e Argentina.
Mesmo em um cenário de crise internacional, o desempenho do Brasil no comércio exterior foi positivo em 2016. Esta avaliação é amparada pelo principal indicador econômico da área, a balança comercial, que representa as importações e exportações de bens entre os países.
Com o resultado da terceira semana de dezembro, a balança comercial brasileira alcançou superávit de US$ 45,005 bilhões no acumulado de todo o ano de 2016. Ou seja, o Brasil exportou mais do que importou, configurando o desempenho positivo.
O superávit registrado neste período foi de US$ 864 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 3,969 bilhões e importações de US$ 3,105 bilhões. O próximo resultado será divulgado em 2 de janeiro de 2017.
Além das exportações, o Brasil firmou neste ano parcerias com a França, Reino Unido e Irã, por exemplo. Este último, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, deve movimentar US$ 5 bilhões nos próximos anos.
Confira esses e outros destaques das relações internacionais brasileiras em 2016:
Superávit da balança comercial ultrapassa US$ 45 bilhões
A balança comercial brasileira alcançou superávit de US$ 45,005 bilhões com o resultado da terceira semana de dezembro. O superávit registrado no período foi de US$ 864 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 3,969 bilhões e importações de US$ 3,105 bilhões.
No mês, as exportações somam US$ 8,785 bilhões e as importações, US$ 7,057 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,728 bilhão. No ano, as exportações totalizam US$ 178,088 bilhões e as importações, US$ 133,083 bilhões, gerando saldo positivo de US$ 45,005 bilhões.
Exportações crescem 17,5% em novembro
Em novembro, com exportações de US$ 16,220 bilhões, as vendas externas brasileiras apresentaram crescimento de 17,5% sobre o mesmo mês de 2015. Na comparação com outubro deste ano, o crescimento foi de 18,2%.
Segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, produtos como automóveis, minério de ferro, petróleo e plataformas de petróleo foram os responsáveis pelo crescimento das exportações. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Comércio entre Brasil e Irã deve movimentar cerca de US$ 5 bilhões
O ministro Marcos Pereira reuniu-se com uma delegação chefiada pelo ministro da Economia e Finanças do Irã, Ali Tayebnia, para discutir ações de incentivo ao aumento do comércio e investimentos entre os países.
Foi a primeira reunião no Brasil, desde o relançamento, em 2015, da Comissão Econômica-Comercial Bilateral Brasil-Irã.
A expectativa é que o comércio entre os dois países chegue a US$ 5 bilhões nos próximos anos. Nos dez primeiros meses de 2016, segundo o ministro do MDIC, esse valor já chegou a quase US$ 2 bilhões.
Brasil firma parcerias com governo francês
O governo brasileiro, por meio do MDIC, assinou acordo de cooperação com a Business France, agência governamental de promoção às exportações francesas e atração de investimentos, para promover a internacionalização de startups, além de impulsionar ações conjuntas em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O programa piloto tem início previsto para 2017.
O ministro anunciou também a renovação do Memorando de Entendimento (MoU) entre os Institutos Nacionais de Propriedade Industrial do Brasil e da França. O instrumento ampliará cooperação entre os escritórios por meio de treinamentos e trocas de experiências sobre melhores práticas de trabalho.
Brasil e Reino Unido assinam memorandos de entendimento em construção civil e propriedade intelectual
Outro acordo assinado pelo Brasil foi o Memorando de Entendimento sobre Building Information Modeling (BIM), que prevê a difusão da metodologia “BIM” para o desenvolvimento da construção civil.
O documento também foi assinado pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira, pelo secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, e pelo secretário de Estado Britânico para o Comércio Internacional, Liam Fox. Segundo Pereira, o memorando é um incentivo para promover oportunidades de crescimento sustentável e trocas comerciais nos setores de construção civil e economia digital de ambos os países.
Entre os benefícios da metodologia, espera-se a redução do retrabalho em obras públicas, com a possibilidade de testar as soluções prévias e a melhor visualização das etapas do projeto.
Japão e Rússia concedem acesso preferencial a produtos brasileiros
No caso do Japão, 3.478 produtos brasileiros se tornaram elegíveis e podem ter tarifa preferencial que, em alguns casos, chega a 100% do imposto de importação do país asiático. Em relação à União Econômica Euroasiática, mais especificamente de Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão, 3.725 linhas tarifárias estão contempladas e possibilitam uma redução de 25% do imposto de importação.
Mercosul e União Europeia retomam negociações
Em outubro, ocorreu a primeira rodada de negociações desde 2012. A próxima rodada de negociações será em Buenos Aires (Argentina), em março de 2017.
Brasil e Suécia avançam em parceria estratégica
Brasil e Suécia aprovaram um plano de trabalho para os próximos anos que envolve a transferência de tecnologia no Projeto Gripen. O País deve comprar 36 caças de fabricação sueca.
País fortalece parceria estratégica com o Japão
Durante viagem ao país asiático, o presidente da República, Michel Temer, participou de encontros com empresários, de uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e foi recebido pelo imperador Akihito. Além disso, o governo brasileiro assinou um acordo na área de infraestrutura.
Brasil estreita laços comerciais com a Índia
A expectativa do governo é de que, com acordos, comércio entre os dois países triplique. Em 2015, o intercâmbio comercial entre os dois países atingiu US$ 7,9 bilhões.
Brasil e EUA fecham acordo para venda de carne bovina in natura
O acordo colocou a defesa sanitária dos dois países em equidade. Além do ganho financeiro, esse acordo é um reconhecimento da qualidade da defesa sanitária brasileira.
A partir dele, o Brasil terá acesso a países que não têm sistema de defesa sanitária e que só aceitam os mesmos produtos que os EUA.
A medida também favorece as negociações internacionais em andamento, considerando que os norte-americanos estão entre os mais rígidos do mundo na liberação de mercadorias.
Brasil assina acordo para ampliar em R$ 250 milhões vendas para a União Europeia
O Brasil também tem avançado nas negociações com a União Europeia. Um acordo fechado recentemente pode ampliar em R$ 250 milhões as vendas brasileiras para o bloco.
O documento foi assinado na Organização Mundial do Comércio (OMC) e permite a ampliação das vendas de alguns produtos agrícolas e animais.
Segundo o Itamaraty, a intenção do governo é que os exportadores brasileiros se beneficiem do acordo comercial a partir do segundo semestre de 2016.
Brasil e Argentina renovam acordo automotivo por mais quatro anos
Brasil e Argentina renovaram até 2020 o acordo automotivo entre os dois países, que venceria no dia 30 de junho. O governo manteve o sistema flex, que prevê que o Brasil poderá vender, com isenção de impostos, no máximo, US$ 1,5 para cada US$ 1 importado do país vizinho.
Brasil e Argentina assinam acordo que reduz em 35% o custo de certificados de origem
Os dois países assinaram declaração conjunta orientando as áreas técnicas dos países a dar prosseguimento ao Projeto Piloto do Certificado de Origem Digital (COD). O projeto tem o objetivo de aprofundar o comércio bilateral e fomentar a integração entre Brasil e Argentina.
Na mesma ocasião, foi assinado o Acordo de Cooperação em Facilitação de Comércio entre Brasil, Argentina e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Redução do custo de importação de 275 máquinas
O governo reduziu alíquotas do Imposto de Importação para um total de 275 máquinas e equipamentos industriais sem fabricação no Brasil. Serão beneficiadas indústrias que vão ampliar a produção ou construir novas unidades, com investimentos totais que passam de US$ 791 milhões.
Brasil defende desburocratização para aumentar as exportações
Governo estuda medidas para incentivar o aumento das exportações brasileiras e a volta do crescimento econômico do País. Entre as ações que estão sendo implementadas estão a identificação de mercados prioritários para a promoção comercial do setor e a eliminação de barreiras técnicas ao comércio exterior de serviços.
Fonte:Portal Brasil, com informações do Itamaraty, do Mdic, da Agência Brasil e doMinistério da Agricultura