Após declarações de Haddad, dólar encerra o dia com a maior alta desde março de 2021

– Ibovespa volta a ser cotado abaixo dos 131 mil pontos –

Em um cenário marcado por instabilidade tanto no Brasil quanto no exterior, o dólar superou a marca de R$ 5,75, atingindo o maior patamar desde março de 2021. A bolsa de valores, que começou o dia em alta, inverteu a tendência e fechou próxima à mínima.

O dólar comercial encerrou a terça-feira (29) cotado a R$ 5,756, uma alta de R$ 0,053 (+0,92%). Durante a manhã, a cotação chegou a recuar para R$ 5,69, mas disparou à tarde e intensificou o avanço perto do fechamento, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encerrando o dia próxima à máxima.

Essa é a maior cotação da moeda norte-americana desde 30 de março de 2021. O dólar acumula uma alta de 5,75% em outubro e de 18,61% no acumulado de 2024.

No mercado de ações, o dia também foi marcado por alta volatilidade. Após atingir a máxima histórica de 137.343 pontos em 28 de agosto, o Ibovespa vem recuando e fecha hoje a 130.730 pontos, uma queda de 0,37% no dia e um acumulado de aproximadamente 4,81% desde o pico histórico.

Fatores internos e externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário global, moedas latino-americanas registraram forte depreciação devido às incertezas eleitorais nos Estados Unidos. Uma possível vitória do candidato republicano Donald Trump pode resultar em nova rodada de tarifas comerciais, impulsionando o dólar em escala global. Além do real, o peso chileno e o peso colombiano também registraram quedas expressivas.

No cenário doméstico, declarações do ministro Haddad impactaram os investidores, que reagiram com cautela ao saber que o pacote de cortes de gastos ainda não possui valores definidos nem data de divulgação. Embora Haddad tenha previsto um encontro com o presidente Lula da Silva para quarta-feira, a reunião foi antecipada para a noite de terça no Palácio da Alvorada.


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