O mercado financeiro elevou pela décima vez consecutiva a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano. Conforme o boletim Focus, divulgado hoje (23) pelo Banco Central, o PIB deverá registrar um crescimento de 2,02% até o final do ano. Na semana passada, a estimativa era de 1,95%.
Na sequência, o Focus aponta um aumento na inflação, que, segundo os analistas, deve atingir 3,73% ao fim do ano. Na semana anterior, a expectativa era de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechasse em 3,71%.
A previsão para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em limites de 1,5% a 4,5%.
Para 2025, a estimativa é de que a inflação seja de 3,6%, e para 2026, a previsão é de 3,5%, índice que também se mantém para 2027.
Em relação aos juros básicos da economia, o mercado projeta uma desaceleração na queda da taxa Selic. Os analistas acreditam que a taxa de referência ficará em 9,5% neste ano, enquanto há uma semana a previsão era de 9,13% e, há quatro semanas, de 9%.
Nas últimas duas reuniões, o corte na Selic foi de 0,5 ponto percentual. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC já indicou que pode não manter o mesmo ritmo de corte.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que tem impacto nos preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.
Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, estimulando a produção e o consumo, diminuindo o controle sobre a inflação e impulsionando a atividade econômica.
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2025 em 9%. Para 2026, a previsão é de uma redução para 8,5% ao ano, mesma estimativa para 2027.
Câmbio
O boletim Focus projeta uma valorização do dólar até o final do ano. Quatro semanas atrás, a previsão era de R$ 4,95 e neste último a cotação da moeda foi a R$ 5,00.
Para 2025, a projeção é de que o dólar suba para R$ 5,05. Para 2026, a expectativa é que o câmbio feche em R$ 5,10.
Fontes: Banco Central do Brasil / EBC
