O dólar fechou no maior nível em mais de quatro anos nesta quarta-feira (10), mesmo após de uma nova intervenção do Banco Central, sob o impacto da repercussão da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano, sinalizando que os Estados Unidos podem demorar um pouco mais para reduzirem seu programa de compra de ativos. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,48%, cotada a R$ 2,2729 na venda – o mais alto nível de fechamento desde 1º de abril de 2009 (R$ 2,28)
Moeda norte-americana avançou 0,48%, cotada a R$ 2,2729. Dólar fechou na maior cotação desde o início de abril de 2009
O dólar fechou no maior nível em mais de quatro anos nesta quarta-feira (10), mesmo após de uma nova intervenção do Banco Central, sob o impacto da repercussão da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano, sinalizando que os Estados Unidos podem demorar um pouco mais para reduzirem seu programa de compra de ativos.
A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,48%, cotada a R$ 2,2729 na venda – o mais alto nível de fechamento desde 1º de abril de 2009 (R$ 2,28), durante a crise financeira internacional desencadeada pela quebra do Lehmann Brothers em setembro de 2008. Na máxima intradia desta quarta, o dólar atingiu R$ 2,2809.
A ata do Fed, sobre a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de junho, mostrou que cresceu o consenso dentro da autoridade monetária sobre a provável necessidade de começar a reduzir as medidas de estímulo econômico em breve, mas muitos membros querem mais garantias de que a recuperação do emprego está sólida antes de iniciar a desaceleração das compras de ativos.
Pouco antes da divulgação da ata, o BC ele realizou um leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – no valor de US$ 1,5 bilhão de dólares. Foram vendidos 29.700 contratos com vencimentos em 2 de dezembro de 2013 e 2 de janeiro de 2014, da oferta total de 30 mil papéis.
Além disso, os investidores também esperavam a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC depois do fechamentos dos mercados, com a expectativa de que a Selic, atualmente em 8% ao ano, deve ser elevada em 0,5 ponto percentual, segundo expectativa da maioria de instituições financeiras e do mercado futuro de juros.
“Tem espaço para a cotação seguir puxado, o próximo patamar de resistência é 2,30 (reais). Enquanto o mercado brasileiro continuar pouco atrativo ao estrangeiro, ele vai continuar tirando recursos daqui”, afirmou à Reuters o analista de câmbio da XP Investimentos, Caio Sasaki.
“Não adianta o Banco Central ofertar dólar no mercado futuro porque a demanda é compradora”, afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.
Na visão de Sasaki, a maior demanda compradora é de estrangeiros desfazendo de posições, sobretudo na Bovespa, para migrar suas aplicações para Estados Unidos por conta dapossibilidade de o Fed reduzir o programa de estímulo monetário.
Fonte: G1 Link: http://migre.me/fprN0 Autor: Do G1 Data de publicação: 10/07/2013 |