Em pregão marcado pelo giro reduzido, o viés de alta no exterior influenciou os mercados de divisas ligadas a commodities
O viés de alta no exterior, onde o dólar avançava em relação ao euro e a divisas ligadas a commodities, sustentou a moeda norte-americana ante o real nesta segunda-feira, 06. Em um pregão marcado pelo giro reduzido, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 2,0150
Em pregão marcado pelo giro reduzido, o viés de alta no exterior influenciou os mercados de divisas ligadas a commodities
O viés de alta no exterior, onde o dólar avançava em relação ao euro e a divisas ligadas a commodities, sustentou a moeda norte-americana ante o real nesta segunda-feira, 06. Em um pregão marcado pelo giro reduzido, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 2,0150 no mercado de balcão em alta de 0,15%. Com o movimento, a moeda americana acumula queda de 1,47% ante o real em 2013.
Na cotação mínima do dia, na abertura dos negócios, o dólar à vista marcou R$ 2,0120 (estável ante o fechamento de sexta-feira) e, na máxima, às 11h55, atingiu R$ 2,0180 (+0,30%). Da mínima para a máxima, a moeda americana oscilou apenas +0,30%, em um claro sinal de que os negócios foram limitados. No mercado futuro, o dólar para junho era cotado a R$ 2,02150 às 16h38, em alta de 0,17%.
Em um dia de feriado em Londres, o que contribui para um menor giro global, os investidores se voltaram para comentários feitos pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que a instituição está pronta para agir novamente no campo monetário, caso seja preciso. Na prática, isso pode se traduzir na queda de juros, o que trouxe novamente um viés de baixa para o euro e de alta para o dólar no exterior. A moeda americana também subia ante boa parte das divisas com elevada correlação com commodities, como o real.
“As perspectivas não estão boas para a zona do euro, alguns países estão preocupados com o crescimento. Isso faz o dólar subir”, resumiu Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade. “Mas o dólar ficou sem grande oscilação hoje. Estava tudo parado, sem grande entrada ou saída volumosa”, acrescentou.
Essa também foi a leitura de Sidney Nehme, economista da NGO Corretora. “A liquidez está apertada. Está muito incerta a perspectiva para o dólar e até para especular não está bom”, comentou.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou na primeira semana de maio um superávit de US$ 409 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 2,310 bilhões e importações de US$ 1,901 bilhão. Com apenas dois dias úteis, a média diária das vendas externas foi de US$ US$ 1,155 bilhão, alta de 9,5% em relação à média diária de maio de 2012, quando atingiu US$ 1,055 bilhão. Nas importações, a média diária da primeira semana de maio de 2013 foi de US$ 950,5 milhões, 3,3% acima da média de maio de 2012, de US$ 920,5 milhões. No ano, porém, a balança segue no território negativo, com déficit de déficit de US$ 5,741 bilhões.
Fonte: Estadão Link: http://goo.gl/5OVUn Autor: Fabrício de Castro, da Agência Estado Data de publicação: 06/05/2013 |