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Dólar fecha a R$ 3,99 e dá uma trégua depois de cinco altas consecutivas

Na quinta (24), o dólar chegou a R$ 4,24, mas acabou fechando em menos. Principal motivo para a queda da moeda foram iniciativas do Banco Central.

O dólar deu uma trégua e voltou a ficar abaixo dos R$ 4,00. Fechou a R$ 3,99 com uma queda de 3,7%. Essa foi a primeira vez que o dólar recuou depois de cinco altas seguidas e de atingir níveis recordes. A repórter Carla Modena explica o que fez a moeda cair.

Foi mais um dia em que o Banco Central teve que entrar no mercado para reduzir a cotação do dólar. A estratégia foi oferecer contratos para bancos e corretoras que, na prática, funcionam como uma venda de dólares.

Isso ajudou a mexer com a cotação, mas o impacto mais importante veio da expectativa de que os Estados Unidos ainda demorem para subir a taxa de juros e também de um recado dado pelo presidente do Banco Central do Brasil.

Em Brasília, Alexandre Tombini disse que o BC vai continuar atuando para tentar segurar a cotação do dólar com todos os instrumentos possíveis.

“Em relação a reservas internacionais são um seguro. Pode e deve ser utilizado”, declara Alexandre Tombini, presidente do Banco Central.

As reservas internacionais representam uma poupança que o país tem para conter um ataque especulativo contra a moeda. O Banco Central sinalizou que pode usar esse estoque que hoje está em cerca de US$ 370 bilhões. Mas, como qualquer seguro, é bom ter e melhor ainda não precisar usar. Desde 2009 o Banco Central não tira dólares das reservas para abastecer o mercado.

“Toda vez que um país utiliza as suas reservas, muito embora se diga que elas existam para isso, ele dá uma demonstração de fraqueza porque ele saca das suas poupanças para poder atender o mercado, o que deixa claro que o que está entrando não é suficiente para pagar o que sai”, explica Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora NGO.

“Está mais do que provado hoje que a gente precisa de um nível de reservas elevado para evitar que o país sofra um ataque especulativo capaz de gerar algum colapso no sistema financeiro”, aponta Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.

Confira a matéria:


Fonte: Jornal da Globo
Link:http://goo.gl/RoQTJW
Data de publicação: 24/09/2015

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