Bolsa e dólar caem; moeda fecha a R$ 5,241, menor valor em mais de um mês

O dólar comercial fechou em queda de 0,91% nesta quarta-feira (16), cotado a R$ 5,241 na venda, menor valor desde 31 de julho (R$ 5,219). Ontem (15) o dólar subiu 0,27%, fechando a R$ 5,289 na venda.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, perdeu 0,62%, a 99.675,68 pontos. Na véspera, o índice fechou quase estável, com leve valorização de 0,02%, a 100.297,906 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

 

EUA mantêm juros perto de zero

O Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, manteve a taxa de juros perto de zero hoje e prometeu deixá-la nesse nível até que a inflação esteja a caminho de “superar moderadamente” a meta de 2% do banco central norte-americano “por algum tempo”.

 

Juros no Brasil

Investidores no mercado brasileiro também estavam na expectativa de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que sairá após o fechamento da Bolsa, às 18h.

Após cortar a taxa básica de juros, a Selic, nove vezes desde agosto do ano passado, a expectativa é de manutenção da taxa nos atuais 2%, segundo 37 dos 38 economistas consultados agência de notícias pela Reuters.

O mercado deve ficar atento ao comunicado do BC, para ter pistas sobre decisões futuras sobre juros e sobre os riscos econômicos vistos pelo banco.

“Dentre os riscos para esta previsão, o BC deverá apontar, além do fiscal, uma volta da demanda mais rápida do que o antecipado e as recentes pressões inflacionárias derivadas de altas no dólar e no preço internacional das commodities”, disse em nota a equipe econômica da Guide Investimentos.

O patamar baixo da Selic tem sido apontado pelos investidores como um dos principais motores da alta do dólar em 2020, além de riscos políticos e econômicos locais.

“O juro baixo não motivou os investimentos privados com a magnitude imaginada pelo governo, mas neutralizou totalmente a (atração) dos investidores estrangeiros pelo mercado brasileiro de renda fixa, impactando no fluxo cambial”, afirmou em nota Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.

A sessão ainda tinha como pano de fundo a melhora da previsão econômica para o Brasil em 2020 pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), embora a estimativa para 2021 tenha piorado.

ngo na midia exame new Fonte: UOL Economia
Autor: Redação
Link: economia.uol.com.br/fechamento-bolsa-dolar
Data de publicação: 16/09/2020

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