À medida que o dólar aproxima-se de R$ 2,30, aumentam as expectativas de intervenções adicionais do BC. O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, ao fim de um pregão de altas e baixas, corrigindo parte do forte avanço da sessão anterior, mas preocupações sobre a situação fiscal do país e sobre a política monetária dos Estados Unidos mantiveram o mercado nervoso. O dólar recuou 0,25%, para R$ 2,2835 na venda. Na véspera, a moeda americana fechou a R$ 2,2893, com ganho de quase 2% – a maior alta diária desde 21 de agosto. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão.
À medida que o dólar aproxima-se de R$ 2,30, aumentam as expectativas de intervenções adicionais do BC
O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, ao fim de um pregão de altas e baixas, corrigindo parte do forte avanço da sessão anterior, mas preocupações sobre a situação fiscal do país e sobre a política monetária dos Estados Unidos mantiveram o mercado nervoso.
O dólar recuou 0,25%, para R$ 2,2835 na venda. Na véspera, a moeda americana fechou a R$ 2,2893, com ganho de quase 2% – a maior alta diária desde 21 de agosto. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão.
Apesar do alívio, investidores permaneciam receosos com a piora no cenário fiscal brasileiro, após o desempenho do setor público em setembro praticamente enterrar as chances de o governo cumprir a meta de superávit primário do ano. “O mercado está pressionado, de olho nos índices dos Estados Unidos e no déficit fiscal do Brasil”, afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Galhardo.
Em uma tentativa de acalmar os ânimos do mercado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta manhã que o País passa por uma fase transitória de maus resultados nas contas públicas, mas que haverá recuperação nos próximos meses.
O clima de ansiedade adicionou volatilidade ao mercado. Na máxima do dia, atingida durante a manhã, a moeda americana tocou R$ 2,2981, próximo ao importante nível técnico de R$ 2,30. No entanto, especulações de que o Banco Central poderia fazer intervenções adicionais no mercado de câmbio levaram o dólar a cair para R$ 2,2696 na mínima do dia.
“O mercado está volátil. Tem muito movimento no mercado futuro e qualquer operação afeta a cotação”, disse o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. “Mas o viés ainda é para cima, porque nossa política fiscal está muito debilitada e tem o Fed lá para frente”.
À medida que o dólar aproxima-se de R$ 2,30, aumentam as expectativas de intervenções adicionais do BC, possivelmente por meio de uma rolagem antecipada dos contratos de swap cambial que vencem no início de dezembro. Para Galhardo, o patamar de R$ 2,30 pode representar uma ameaça para a inflação no cenário interno e, por isso, a possibilidade de uma atuação extra no mercado de câmbio não pode ser descartada.
Nesta manhã, a autoridade monetária realizou mais um leilão de swap cambial tradicional previsto em seu programa de intervenções diárias, com a venda de 2 mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e 8 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os volumes financeiros equivalentes das operações foram de US$ 99,5 milhões e US$ 396,7 milhões, respectivamente.
O mercado também aguarda a divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego dos Estados Unidos, um dos principais indicadores para se avaliar o comportamento da maior economia do mundo. Dados positivos podem corroborar as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a reduzir seu programa de estímulos, no valor de US$ 85 bilhões mensais, já no final deste ano.
Fonte: Reuters Publicado em: Terra Link: http://goo.gl/2VOM8J Autor: Reuters Data de publicação: 06/11/2013 |