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BC divulga Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2016

BC divulga Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre de 2016

O Banco Central (BC) divulgou em 03 de abril o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao segundo semestre de 2016.

O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil.



O Relatório está sendo reformulado em estrutura e conteúdo e, a partir desta edição, terá maior foco nos principais riscos à estabilidade, seus mitigadores e na resiliência do sistema financeiro, incluindo uma abordagem prospectiva. O Relatório concentra-se no segundo semestre de 2016, trazendo, quando pertinente, eventos mais recentes.


A situação econômica do País – com atividade fraca, desemprego, inadimplência e diversas incertezas –, não se propagou de forma acentuada para o Sistema Financeiro Nacional. Embora alguns riscos tenham se materializado ao longo de 2016, o sistema mantém resiliência para auxiliar na retomada da economia. Mais recentemente, houve melhora na expectativa dos agentes em relação ao risco para a estabilidade financeira no curto e médio prazo.



A recessão econômica causou impacto negativo em parte dos setores da economia, contribuindo para deterioração na carteira de crédito a empresas não financeiras.

A materialização do risco de crédito foi observada no aumento da inadimplência e dos ativos problemáticos, bem como na redução da rentabilidade do sistema bancário. 

O estoque das operações de crédito concedidas pelo setor bancário, que apresentou queda de 3,5% em 2016, deve manter crescimento nominal negativo no curto prazo, principalmente pelo processo de redução no endividamento das empresas não financeiras.



O risco de crédito das empresas não financeiras, em especial das grandes corporações, deve continuar sendo monitorado com atenção. Contudo, a queda da taxa de juros básica gera expectativa positiva tanto para as empresas não financeiras quanto para as famílias. 


A situação fiscal dos entes subnacionais, agravada com a queda da arrecadação, é motivo de atenção e de monitoramento por parte do BC em função da exposição do sistema financeiro nacional a tais contrapartes. Contudo, simulações indicam que o sistema bancário está preparado para eventuais problemas de solvência dos estados e municípios financeiramente vulneráveis, de seus servidores e de suas respectivas cadeias de fornecedores e empregados.

Fatores externos não têm provocado consequências relevantes para a estabilidade financeira.

Não obstante, o BC permanece atento ao potencial impacto do ambiente global nos mercados domésticos.



O sistema bancário brasileiro apresenta boa resistência, com baixo risco de liquidez e sólidos índices de solvência. Os resultados dos testes de estresse demonstram que o sistema bancário está preparado para absorver choques, sendo que necessidades relevantes de capital só ocorreriam em cenários extremamente severos.



Uma possível retomada do crédito no País tende a ser liderada pelos bancos privados, que apresentam maior nível de capitalização.

Confira as informações completas:

Relatório


Infográfico com os destaques


Coletiva de imprensa


Apresentação


Fonte: Banco Central do Brasil

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