Banco Central divulga Relatório de Estabilidade Financeira

BC divulga Relatório de Estabilidade Financeira

O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (15/09) Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2016. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar, com foco no risco sistêmico, os principais resultados das análises sobre o Sistema Financeiro Nacional, especialmente com respeito à sua dinâmica recente, às perspectivas e ao grau de resistência a eventuais choques na economia brasileira ou no próprio sistema financeiro.

A satisfatória situação de solvência do sistema pôde ser constatada pela estabilidade, no semestre, dos elevados níveis de capitalização e pelos resultados obtidos com os testes de estresse, apesar do progressivo aumento do impacto da materialização de riscos advindos do ambiente macroeconômico.

O sistema financeiro mostrou-se suficientemente líquido para manter suas operações durante o semestre. Os bancos aumentaram sua capacidade de absorver choques de liquidez no curto prazo, enquanto o risco de liquidez estrutural manteve-se estável, com os ativos de longo prazo sendo integralmente suportados por captações estáveis.

O ambiente adverso da economia real continuou a refletir-se nos indicadores de crédito, resultando na manutenção de cautela na concessão e na baixa demanda por parte dos tomadores. As renegociações e reestruturações de dívidas mantiveram-se em alta no período, como forma de ajuste dos fluxos financeiros esperados à capacidade de pagamento de famílias e empresas.

A inadimplência cresceu ao longo do semestre, com exceção do mês de junho, quando apresentou redução devido à influência das reestruturações de dívidas, o que não permite, por ora, inferir uma reversão da tendência daquele indicador para o Sistema Financeiro Nacional. Nada obstante, cabe registrar que as provisões não só seguem em níveis adequados, como veem sendo reforçadas.

A rentabilidade do sistema bancário reduziu-se, influenciada pela deterioração da qualidade do crédito e o consequente aumento das despesas com provisões. Em contrapartida, as instituições direcionaram esforços na contenção de custos administrativos e na busca por outras fontes de receita, com incremento das rendas com tarifas, seguros e cartões.

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) funcionou de forma eficiente e segura no primeiro semestre de 2016. Nos sistemas de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garante que as liquidações ocorram com tranquilidade.

 


Fonte: Banco Central do Brasil

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