Dólar fica volátil com BC e exterior e bolsa perde 1,5%

A volatilidade dá o tom ao mercado de câmbio e a moeda inicia a tarde em alta, com máxima no nível de R$ 3,56 no segmento à vista e R$ 3,57 no futuro de junho, após ter iniciado o dia em queda. A devolução do começo da sessão foi induzida, principalmente, pela resposta dada pelo Banco Central à valorização recente, com indicação de que a oferta total de contratos de swap cambial para honrar a rolagem do vencimento desses contratos de 1º de junho pode superar em cerca de US$ 3 bilhões o volume financeiro necessário, o que suavizaria a pressão. E o BC deverá agir sempre que necessário, disse o diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Tiago Berriel, a interlocutores, conforme relato obtido pelo Broadcast. Mas a persistente tendência de alta no exterior derivada das expectativas de elevação dos juros nos Estados Unidos, que apoiam fluxo de saída, o estímulo a compras pela cotação e os riscos embutidos no cenário doméstico concorreram para limitar o ajuste em baixa e o dólar acabou virando para o positivo. Nos juros, apesar da queda inicial do dólar, predominou a trajetória de alta desde a abertura da sessão, com destaque para os vencimentos curtos e médios, diante da percepção de que o Banco Central pode estar preocupado com os efeitos do avanço do dólar ante o real e pressão inflacionária, que poderia fazer a instituição dar início a uma normalização da política monetária antes do esperado anteriormente. Isso a despeito dos dados fracos da indústria divulgados esta manhã. O Ibovespa abandonou os 84 mil pontos, em queda puxada pelo exterior. Também reduziu a rentabilidade que vinha sustentando no acumulado do ano para menos de dois dígitos, por realização de lucros. As bolsas de Nova York refletem cautela antes de dados de emprego nos EUA (payroll), amanhã, e com negociações comerciais entre o país e a China.

CÂMBIO

O dólar mostra-se volátil ante o real. Começou a sessão em baixa, precificando o dólar fraco no exterior mais cedo, mas sobretudo a decisão do Banco Central de intervir no mercado futuro de câmbio para conter a volatilidade da moeda ante o real. O BC anunciou, a princípio, uma oferta total de swap cambial de US$ 8,4 bilhões, volume cerca de US$ 3 bilhões além do necessário para honrar a rolagem do vencimento desses contratos de 1º de junho, de US$ 5,6 bilhões. Por meio da venda desses contratos, o BC assume posição vendida em dólar e comprada em taxa de juros, o que se enquadra no segmento de derivativo de renda fixa. Contudo, saíram dados positivos da economia americana durante a manhã e o petróleo recuou, ajudando a fortalecer o dólar ante algumas moedas emergentes e ligadas a commodities, incluindo o real. Houve também saída de recursos de investidores estrangeiros, num movimento “fly to quality” em meio à expectativa de alta de juros nos EUA e também demanda de tesourarias para recompor posições diante ainda da queda do petróleo e da piora das bolsas em Nova York e da Bovespa no fim do período, segundo os especialistas de câmbio.

Em Nova York, os índices acionários ampliaram perdas após o indicador de encomendas à indústria dos EUA, que subiram 1,6% em março ante fevereiro, superando a previsão de aumento de 1,4%. Antes disso, já haviam sido divulgados que o déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu em março e chegou ao nível mais baixo desde setembro do ano passado, marcando a maior queda em um mês para o déficit comercial em dois anos e também que, apesar do aumento do número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos em 2 mil na semana até o dia 28, o volume total dessas solicitações somou 211 mil, abaixo dos 225 mil esperados pelos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. A percepção dos investidores é de que os dados positivos americanos tendem a levar o Federal Reserve (Fed) a elevar juros em ritmo mais acelerado, afirmou o gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos.

Em Londres, o diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Tiago Berriel, disse a investidores que Banco Central decidiu quebrar o jejum de um ano sem intervir no câmbio para passar o claro recado ao mercado financeiro doméstico de que está acompanhando os movimentos do dólar e que estará pronto para atuar sempre que julgar necessário. A intenção foi mostrar uma postura proativa antes que os negócios pudessem indicar qualquer indício de “pânico” nas operações, disse ele. Em abril, a moeda americana disparou 6,08% e ontem voltou a subir mais de 1%, fechando a R$ 3,5518 no mercado à vista – maior patamar desde 2 de junho de 2016. “O BC vai agir sempre que considerar que o mercado está disfuncional e antes que ocorra um movimento disruptivo”, explicou o diretor a interlocutores, conforme relato obtido pelo Broadcast.

O sócio-diretor da corretora NGO Sidnei Nehme diz que a ação do BC é correta no momento, já que quer “limitar” a alta para evitar estragos no seu controle da inflação. Para ele, no entanto, esta estratégia é momentânea visto que tende a ser inevitável um “sell off” na Bovespa um pouco mais adiante e pressão no preço da moeda americana via mercado à vista, com as saídas efetivas de divisas de investidores estrangeiros decorrente das incertezas eleitorais local e a alta de juros nos EUA. “Esse cenário exigirá que o BC retome a oferta aos bancos de linhas de financiamentos de moeda americana com recompra para dar liquidez, e cujo saldo remanescente de cerca de US$ 2 bilhões está agora zerando”, comenta em relatório a clientes.

“O BC deverá realizar dois movimentos de intervenção no mercado de câmbio, agora com swaps cambiais e a seguir ou até em conjunto oferta de linhas de financiamentos em moeda estrangeira com recompra”, prevê Nehme. Ele antevê que a intervenção provocará volatilidade, deprimindo um pouco o preço, sem, contudo, reverter a forte a tendência de alta e, na Bovespa, um movimento ainda lento de realização de lucros.

Para o operador de câmbio e de derivativos do Banco Paulista Alberto Felix de Oliveira Neto, só a atuação do BC em si com swap ajudou a dar uma segurada no dólar hoje, porém, não reverte a tendência de alta que vem do exterior. “Ameniza o ajuste de alta recente, mas temos um ciclo de alta de juros nos EUA e um cenário político difícil pela frente, o que indica mais pressão de baixa para o real”, comenta.

Um fluxo financeiro negativo pesou também para a inversão do sinal da moeda para o lado positivo. “Não sobe mais porque o exportador aparece na venda, à vista e no futuro, quando o dólar bate nos R$ 3,55 e volta. Deveria estar mais baixo com a oferta nova de swap, mas o mercado continua chamando o BC para “o jogo”, afirma Rugik. “Tem compra de investidor estrangeiro saindo do Brasil, além de demanda de tesourarias”, diz.

No mercado à vista, às 12h50, o dólar estava em alta de 0,03%, aos R$ 3,5523. Na máxima, registrou R$ 3,5673 (+0,44%) e, na mínima mais cedo, R$ 3,5219 (-0,84%).

No mesmo horário acima, o dólar futuro para junho subia 0,06%, aos R$ 3,5635, com giro financiamento movimentado de cerca de US$ 13,641 bilhões. No período, a mínima foi de R$ 3,530 (-0,88%) e a máxima, aos R$ 3,5770 (+0,44%).

JUROS

Os juros futuros operam no terreno positivo nesta quinta-feira, refletindo a leitura do mercado de que o Banco Central pode estar preocupado com os efeitos do avanço do dólar e com a pressão inflacionária, que poderia fazer a instituição dar início a uma normalização da política monetária antes do esperado anteriormente.

Ao anunciar ontem o leilão de rolagem de swap cambial o BC disse ontem que “com o objetivo de suavizar movimentos no mercado de câmbio, o Banco Central irá ofertar quantidade de contratos superior à necessária para a rolagem integral desse vencimento”.

“A atuação do BC mostra preocupação do BC com o dólar. Uma preocupação com a qual o mercado não vinha trabalhando”, disse Matheus Gallina, trader da Quantitas Asset.

A abertura da curva se dá apesar de a indústria brasileira ter mostrado desempenho pior em março e de o IPC-Fipe ter tido deflação em abril, mas não altera a perspectiva de mais um corte da Selic, de 6,50% para 6,25% nos dias 15 e 16 deste mês.

O dólar, por sua vez, começou a sessão em queda, em linha com o movimento da moeda no exterior, mas passou a mostrar volatilidade e no início da tarde subia ante o real. O anúncio do BC da primeira atuação no câmbio em um ano foi feito ontem após o dólar à vista ter fechado em R$ 3,5518, o maior patamar desde 2 de junho de 2016. Em abril, a alta foi de 6,08%.

Em Londres, o diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Tiago Berriel, teria tentado passar uma mensagem de tranquilidade aos investidores segundo fontes consultadas pelo Broadcast. “O BC vai agir sempre que considerar que o mercado está disfuncional e antes que ocorra um movimento disruptivo”, explicou o diretor a interlocutores. Segundo ele, a intenção foi mostrar uma postura proativa antes que os negócios pudessem indicar qualquer indício de “pânico” nas operações.

Um outro operador de renda fixa avalia que a atuação do BC deve ter alcance limitado. “A dinâmica do Brasil vem se mostrando ruim e o exterior está piorando. E com esses leilões o BC mostra que está incomodado com o dólar em R$ 3,55”, avalia.

O relatório de emprego dos EUA de abril, o payroll, que será conhecido amanhã, pode trazer mais pressão de alta ao dólar caso venha melhor do que o esperado, mas pode também ter efeito contrário caso mostre piora na criação de vagas de trabalho.

Também ajudou a trazer pressão de alta aos juros pela manhã o leilão do Tesouro, no qual foi vendida toda a oferta de 8,5 milhões de LTN e 650 mil NTN-F, totalizando R$ 6,9 bilhões e R$ 687,2 milhões, respectivamente.

Entre os indicadores do dia, o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, caiu 0,03% em abril, depois de ficar estável em março e registrar baixa de 0,02% na terceira quadrissemana do mês passado. O resultado de abril ficou dentro de dez estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de deflação de 0,05% a inflação de 0,04%, mas abaixo da mediana, de +0,01%.

Já a produção industrial caiu 0,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, ficando dentro do intervalo das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam de uma queda de 0,40% a uma alta de 1,00%, mas abaixo da mediana das previsões, de 0,50% de alta. O dado de fevereiro foi revisado para baixo, passando de alta de 0,2% para avanço de 0,1%, na margem.

Segundo o coordenador de Indústria do IBGE, André Macedo, é cedo para estimar qual será o efeito geral da desvalorização recente do real sobre o ritmo de crescimento da produção industrial ao longo do ano. Segundo Macedo, a alta do dólar atinge a indústria de “forma diferenciada”, conforme o ramo industrial. Há reflexos positivos sobre determinados segmentos industriais, especialmente aqueles voltados à exportação, enquanto outras atividades podem ser atingidas negativamente.

No radar está a nova fase da Lava Jato, a Operação “Câmbio, desligo”, que tem como alvo 45 alvos doleiros que operavam para o ex-governador Sergio Cabral (MDB) e que prendeu também dois doleiros que trabalhavam para a JBS. Conhecidos pelos apelidos Paco e Raul, eles foram capturados no Uruguai. Segundo a Procuradoria da República, foi montado pelo grupo de Cabral um “banco paralelo”, que lavava dinheiro sujo no Brasil e no exterior, e que também foi utilizado pela Odebrecht. As equipes desde cedo estão nas ruas nos estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. A Interpol foi acionada para prisões na Alemanha (um alvo) e nos Estados Unidos (dois alvos).

Também hoje pode ocorrer o depoimento de uma das filhas do presidente Michel Temer, Maristela, nas investigações da Operação Skala, que apura as suspeitas de corrupção envolvendo Temer e empresas do setor portuário. A Polícia Federal preparou uma área reservada às autoridades no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para ouvir Maristela. Os investigadores suspeitam que obras feitas na casa da filha do presidente foram pagas com recursos ilícitos.

Às 12h26, o DI para janeiro de 2019 marcava 6,290%, de 6,249% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2020 subia a 7,09%, de 6,99%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 subia para 8,07%, de 8,00% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 marcava 9,25%, de 9,20% no ajuste de ontem.

BOLSA

Em queda desde a abertura, o Ibovespa largou os 84 mil pontos acompanhando o mau humor de seus pares no exterior. Com isso, também deixou para trás os dois dígitos de rentabilidade que vinha sustentando no acumulado do ano.

O índice à vista recuou dos 84.562,37 pontos para 83.178,35 pontos e, às 12h35, operava em queda de 1,43%, aos 83.342,03 pontos. O giro financeiro nesse horário acima era de R$ 5 bilhões, com projeção de alcançar R$ 14,3 bilhões no final do dia.

De acordo com Fabricio Stagliano, analista-chefe da Walpires Corretora, do ponto de vista gráfico, a Bolsa pode vir para os 82.800 pontos, que tem hoje como suporte, algo como 500 pontos do valor em que operava antes de retomar novas altas.

Sobre as decisões de negócios ainda reverberam as incertezas com relação à condução da política monetária dos Estados Unidos, um dia após o Federal Reserve (Fed) sinalizar em comunicado que a inflação em 12 meses deve se aproximar da meta de 2% no médio prazo.

De acordo com Carlos Soares, da Magliano Corretora, hoje a Bolsa brasileira acompanha de perto a performance das praças americanas. Após uma hora de pregão, as bolsas de Nova York aceleraram as baixas após o indicador de encomendas à indústria dos EUA, que subiram 1,6% em março ante fevereiro, superando a previsão de aumento de 1,4% – mais um dado que mostra o aquecimento daquela economia. Ao mesmo tempo, o Ibovespa renovou mínimas por aqui.

Além disso, ressalta o analista, contribui para o sentimento de cautela, a expectativa para os dados do mercado de trabalho naquele país, que serão divulgados amanhã. “Os olhares voltam para os detalhes qualitativos, como o ganho médio por hora trabalhada, que interfere no custo das empresas”, afirmou.

No plano doméstico, também pesaram nessa etapa da sessão de negócios dados da produção industrial que vieram abaixo das estimativas dos analistas e indicaram um processo de recuperação mais lenta da economia brasileira. A produção caiu 0,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. Em relação a março de 2017, subiu 1,3%, abaixo das estimativas (de 2,40% a 5,00%), com mediana de alta de 3,00%. No ano, a produção da indústria acumula alta de 3,1%. Em 12 meses, o avanço é de 2,9%.

Ainda por aqui, o Supremo Tribunal Federal (STF) segue o julgamento sobre a limitação do foro privilegiado de parlamentares e a decisão sobre o alcance dessa regra. Mas esse evento político-jurídico, de acordo com analistas de renda variável, pesa positivamente.

Todas as blue chips, as mais movimentadas pelos investidores estrangeiros, foram penalizadas, à exceção de Vale ON, que subia levemente (0,12%), às 12h32. O setor financeiro pesava por mais um dia consecutivo, com as units do Santander (-2,49%) liderando as perdas, seguido por Bradesco PN (-2,05%), Banco do Brasil ON (-1,86%) e Itaú Unibanco PN (-1,855). Os papéis da Petrobras recuavam em torno de 2%.

MERCADOS INTERNACIONAIS

Após recentes altas acentuadas ao redor do mundo, o dólar exibiu fraqueza nesta manhã ante moedas fortes e a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, em um movimento de respiro depois que o Federal Reserve (Fed, o BC os EUA) fez pouco para alterar as expectativas de mercado para novos aumentos nas taxas de juros do país neste ano. Com isso, os investidores aproveitaram para fazer ajustes em carteira antes do dado de emprego nos EUA (payroll), que será divulgado amanhã. Esta percepção em relação ao Fed também influenciou o mercado de Treasuries e os juros caíram. Nos mercados acionários, tanto as bolsas na Europa quanto em Nova York amargaram perdas. Estão no radar do mercado as negociações comerciais entre os EUA e China, assim como balanços e notícias corporativas que não agradaram os investidores. No setor de commodities, o petróleo recuou ainda em função do aumento dos estoques americanos, divulgados ontem, além de incertezas em torno do acordo nuclear com o Irã. Já o cobre subiu ajudado pelo dólar mais fraco.

Embora a moeda americana tenha tentado se recuperar no início da tarde, o tom de fraqueza prevaleceu durante toda a manhã. A moeda passou por um ajuste, após as expectativas de aumentos mais rápidos do que o esperado nos juros nos EUA levarem o dólar ao seu nível mais forte desde meados de janeiro nos últimos dias.

Analistas interpretaram o comunicado do Fed sobre a inflação como um sinal de que o Fed pode permitir que os preços subam além de sua meta, uma postura que limitaria a necessidade da instituição de seguir um caminho mais agressivo de aperto monetário em resposta aos recentes aumentos na inflação. Passada a reunião do BC, os investidores passaram a se concentrar no payroll, que será divulgado amanhã.

No final da manhã, o euro, que até então tentava subir mesmo com a inflação na zona do euro ter desacelerado de 1,3% para 1,2% em abril, passou a recuar. Às 12h20 (de Brasília), o dólar caía a 109,02 ienes e o euro avançava levemente a US$ 1,1959. Ainda no segmento de moedas, vale destacar o peso argentino que segue se desvalorizando ante o dólar, o que levou o Banco Central da Argentina a elevar os juros pela segunda vez em menos de uma semana, de 30,25% para 33,25%. No horário acima, o dólar avançava a 21,502 pesos argentinos.

As avaliações sobre a postura do Fed influenciaram os juros dos Treasuries, que foram demandados também em virtude de uma fuga dos ativos de risco. No mesmo horário, o retorno ad T-Note de 2 anos caía a 2,468% e o da T-Note de 10 anos caía a 2,938%.

Nos mercados acionários, a manhã foi de perdas em meio as negociações comerciais entre os EUA e a China, cujas reuniões ocorrem entre hoje e amanhã no gigante asiático. Nos EUA, as ações da Tesla estavam entre as maiores quedas (quase 8%), após uma teleconferência chamada de “bizarra” por analistas, um dia depois da companhia apresentar seus resultados trimestrais. O executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, disse aos investidores para não comprar ações da companhia se eles não têm estômago para volatilidade. Ele também teria ironizado representantes dos maiores bancos de Wall Street, muitos dos quais ajudaram a levantar capital para a companhia. O setor registra queda de quase 8%. Às 12h20, o Dow Jones caía 1,42%, o Nasdaq perdia 1,31% e o S&P 500 registrava perdas de 1,33%, atingindo a maior perda intraday desde 6 de abril. Expectativa pelo payroll também gerou cautela.

Na Europa, além da inflação na zona do euro decepcionar o mercado, balanços trimestrais também pesaram nos índices, com destaque para queda de 4% nas ações da Adidas e Bpost, com perdas de 11%. A Bolsa de Londres terminou em baixa de 0,54%, Paris caiu 0,50% e Frankfurt recuou 0,88%.

No segmento de commodities, o petróleo caiu diante do aumento dos estoques de petróleo divulgados ontem pelo Departamento de Energia dos EUA, porém as incertezas em torno do acordo nuclear com o Irã, que poderá acarretar na volta das sanções caso os EUA deixem de participar dele, limitaram as perdas. Às 12h20, o barril do Brent para julho caía 0,27% na ICE, a US$ 73,16, enquanto o do WTI para junho recuava 0,28% na Nymex, a US$ 67,74. Já o cobre subiu ajudado pelo dólar mais fraco. O cobre para julho subia 0,15%, a US$ 3,0730 a libra-peso, na Comex.


ngo na midia agencia estado Fonte: Agência Estado – AE News
Autor: Silvana Rocha, Luciana Antonello Xavier, Simone Cavalcanti e Niviane Magalhães
Data de publicação: 03/05/2018

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