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Câmbio: Relatório de emprego dos EUA tem peso determinante no câmbio hoje

"No exterior sim, aqui não. Fatores no nosso mercado são outros."

Após cair a R$ 3,88 ontem, o comportamento do dólar hoje vai depender principalmente dos dados do relatório de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado às 9h30 e pode mexer com a moeda americana no mercado internacional, na medida em que é um dos principais balizadores da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

"Com os mercados precificando dois cortes de juros até o final do ano pelo Fed, todos os olhos hoje estarão no relatório de emprego dos EUA e se os resultados apoiam ou desafiam a expectativa 'dovish' do mercado", alertam na manhã de hoje os estrategistas de moedas do grupo financeiro holandês ING, Chris Turner e Petr Krpata. Números baixo do previsto podem reforçar a visão de corte dos juros, o que pode enfraquecer o dólar hoje na economia mundial.

Os dois estrategistas do ING ressaltam, porém, que como um corte de juros já vem sendo precificado nos ativos desde a semana passada, o reflexo de um payroll mais fraco no dólar pode ser mais moderado. Eles projetam a criação de 175 mil vagas em maio. No exterior, o euro opera em queda ante o dólar, enquanto a libra sobe. Nos emergentes, a moeda americana opera mista, subindo na Turquia e África do Sul e caindo no México e Colômbia.

Sinais de avanços nas negociações comerciais entre o México e os EUA sobre a questão tarifária ajudam a melhorar o humor dos investidores nesta sexta-feira. Em Nova York, o pré-mercado aponta para abertura em alta das bolsas, mas os números podem mudar após o payroll.

Operadores de câmbio destacam que pode ter reflexo nos negócios hoje a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ontem de liberar a venda de subsidiárias das estatais sem o aval do Congresso. A decisão destrava a venda da TAG pela Petrobras por US$ 8,6 bilhões e pode representar a entrada de recursos externos no País. Dados do ministério da Economia mostram que são 134 estatais com 88 subsidiárias, incluindo empresas que podem atrair estrangeiros, como as do Banco do Brasil, da Caixa, além de outras da Petrobras.

No radar das mesas hoje, os investidores devem monitorar os desdobramentos da discussão do governo brasileiro com a Argentina para a criação de uma moeda única, batizada de peso-real. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ter sido o autor da ideia, enquanto o Banco Central informou que não tinha estudos sobre uma moeda única.


Fonte: Broadcast Estadão
Publicado: 07 de junho de 2019

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