Juros caem para 6,50% ao ano, menor taxa da história

Em decisão unânime, diretoria do Banco Central estabeleceu o menor patamar para o índice desde quando começou a ser definido, em 1986.

Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu novamente cortar os juros básicos da economia brasileira, a Selic. A taxa baixou de 6,75% para 6,50% ao ano e atingiu o menor patamar da história. Essa foi a 12ª redução seguida determinada pelo Copom, que é formado pela diretoria do Banco Central.

Usada como referência pelo sistema financeiro, uma taxa menor significa mais empregos, maior crescimento para o País e mais acesso ao crédito. Ou seja, uma taxa de juros baixa significa uma economia mais sustentável para todos.

Isso só foi possível depois de medidas adotadas pelo Governo do Brasil que criaram condições para taxas menores, como foi o caso do teto dos gastos, ajuste fiscal e outras ações coordenadas. Essas medidas contribuíram com o resultado e geraram mais confiança. Aliado a isso, uma inflação menor deu o espaço necessário para o Banco Central aplicar os cortes.

Quando a Selic está muito alta, a tendência é que investidores apliquem seus recursos em empréstimos ao governo, já que os títulos públicos passam a ser mais atraentes. Se ocorre o inverso, os investimentos no setor produtivo ficam mais viáveis, o que contribui para o crescimento da economia.

 

Bancos acompanham Selic e anunciam redução nas taxas de juros

Como vem ocorrendo nos últimos meses, instituições financeiras decidiram repassar a queda em linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas.

Após nova decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu para 6,50% a taxa básica de juros, a Selic, os principais bancos do País anunciaram redução de juros em linhas de crédito. A Selic é usada como referência para empréstimos e financiamentos por todo o sistema financeiro.

O Banco do Brasil anunciou uma redução de 0,20 ponto percentual ao mês nos juros de parcelamento do cartão de crédito, enquanto decidiu repassar a redução da Selic para as o juros cobrados nas linhas de capital de giro, cheques e antecipação de crédito ao lojista, por exemplo.

Mesmo movimento fizeram os bancos Santander, Itaú Unibanco e Bradesco. Todos eles comunicaram que vão reduzir os juros aplicados à pessoa física e jurídica diante da contínua queda na taxa básica de juros. A diminuição tem acontecido desde que o Banco Central iniciou os cortes na Selic, o que, na prática, barateia e facilita o acesso ao crédito tanto por pessoas físicas quanto por empresas.

 

Após redução, especialistas apostam em nova queda da Selic em maio

Para economistas do mercado financeiro, Banco Central surpreendeu ao deixar aberta a possibilidade de uma nova redução dos juros.

Embora aguardada por muitos especialistas do mercado financeiro, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aplicar mais um corte na taxa básica de juros (Selic) surpreendeu pela sinalização da instituição de que uma nova redução possa acontecer na próxima reunião do colegiado, em maio.

Na avaliação de economistas ouvidos pelo Governo do Brasil, a expectativa geral era de que a instituição indicasse outra coisa: uma interrupção na sequência de cortes na taxa Selic, usada como referência por todo o sistema financeiro. Diante da reação da economia brasileira e também da queda persistente da inflação, o Copom reduziu para 6,50% ao ano a taxa Selic nesta quarta-feira (21).

 

Queda estrutural

“Muita gente tinha como certo que os cortes se encerrariam nessa decisão”, afirmou o economista-chefe do banco de investimentos Haitong, Jankiel Santos. Para ele, o Banco Central indicou que vê a queda da inflação no Brasil como uma questão estrutural e não apenas de momento.

“Para a próxima reunião, o Comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional”, afirmou o Banco Central, em comunicado. É esse o trecho do comunicado que surpreendeu os analistas que acompanham de perto as decisões do Copom.

 

Fato inédito

Já o economista Wellington Ramos, da agência de risco Austin Ratings, enfatizou que se trata de um cenário inédito na economia brasileira: juros na mínima histórica, inflação baixa e de avanço na atividade econômica.

“A partir de agora, o Banco Central também entra em um caminho desconhecido. Talvez por isso ele tenha anunciado praticamente que em maio pode cortar novamente e nas próximas reuniões pode segurar um pouco”, apontou. “Isso jamais foi visto”, ressaltou.


Fonte: Governo do Brasil, com informações do Banco Central, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco, Haitong e Austin Rating

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