O Banco Central e o mercado estão mantendo a perspectiva de melhora do fluxo cambial com o ingresso das captações a médio/longo prazos das empresas, mas como falta moeda efetiva, enquanto não acontece, o preço se sustenta acima de R$ 2,00

Os números relacionados com o fluxo cambial só indicam piora, mas ha perspectiva de melhora, que por ser efetiva, vem evitando alta mais expressiva do preço da moeda americana.

Nas nossas abordagens diárias temos mencionado o desapontador desempenho da balança comercial brasileira; o fluxo cambial persistente negativo; os bancos com posições “vendidas” crescentes e, ainda, destacado, que as projeções do Boletim FOCUS estão aproximando muito a somatória dos IED´s e superávit da balança comercial com o déficit em transações correntes, sugerindo que o país precisa ter foco em estimular o ingresso de divisas para não ter que vir a utilizar suas reservas cambiais.

Hoje o BC divulgou dados de março passado. Os IED´s atingiram US$ 5,7 Bi enquanto o déficit em transações correntes se elevou em US$ 6,9 Bi. Os brasileiros, a despeito da alta do preço do dólar, continuam gastando muito e driblam o IOF de 6% sobre as faturas com a compra de cartões “cheios” no país, inexplicavelmente não atingidos pela mesma tributação de 6%, e acumularam gastos em março de US$ 1,87 Bi (US$ 1,63 Bi em 2012) e no 1º trimestre totalizaram US$ 6,0 Bi (US$ 5,38 Bi em 2012).

O BC está “assistindo” ao comportamento do câmbio sem intervir, pois há evidência que a demanda presente é por dólares efetivos e nem tanto por “swaps cambiais”, e contando com a efetivação da perspectiva presente de ingressos de captações de recursos no exterior por parte das empresas brasileiras, não intervém.
 
O fato é que a esperada contribuição das exportações das safras agrícolas não vem trazendo a contribuição esperada, ou melhor, tem se revelado insuficiente para atender a demanda do mercado.

O foco agora são as captações externas das empresas a médio/longo prazos, fora do alcance do IOF de 6%. Embora haja boa perspectiva, resta saber se em volume serão suficientes para atenuar a “ressaca” presente.

O mercado internacional está com elevada liquidez em decorrência do programa do Japão, mas a possibilidade de redução do juro na Europa pode aumentar a oferta de recursos em busca de rentabilidade. Os efeitos mais imediatos têm sido observados nos títulos federais americanos, que sofrem pressão de demanda por isso apresentam valorização e reduzem na contra ponta a rentabilidade. Na margem, o dólar se valoriza frente ao euro, como consequência do aumento da demanda da moeda americana para direcionamento das aplicações.

A nossa convicção presente é que o BC está aguardando que ocorram os ingressos dos recursos captados por empresas brasileiras, mantendo a posição de não alterar as barreiras tributárias até que possa mensurar os volumes e impactos dos mesmos.

E, acreditamos que o comportamento do preço da moeda mantendo-se no patamar atual com baixa volatilidade reflete este ambiente interno, com baixa influência do mercado externo.

Vale destacar, até porque deverá impactar na balança comercial brasileira, que o governo adotou ontem medida na área dos combustíveis, definindo a colocação de “mais água no chopp”, ou seja, aumentando de 20% para 25% a mistura do álcool anidro na gasolina. Do ponto de vista inflação não se espera nenhum impacto, visto que o governo não tem expectativa de mudança de preço na bomba, a despeito de existir lógica para que isto ocorresse.

Afora isto, abriu linhas de financiamento, etc. que o setor está demonstrando serem tardias e sem o alcance todo propagado.

Contudo, ao aumentar o percentual do etanol na mistura aumenta sua demanda e estimula o desestimulado produtor que teve suas margens corroídas pela contenção fora do ponto do preço da gasolina que é fator limitante para elevar o preço. Entidades do setor alegam que já fecharam 40 usinas e há mais umas 15 para fechar.

Mas, mais do que isto, deverá ter impacto redutor nos volumes de importações de gasolina por parte da Petrobrás, que segundo consta paga mais caro do que o preço que vende, e isto deverá ter impacto na balança comercial brasileira, que tem desapontador desempenho este ano.

Este fato impacta no comportamento das ações das empresas ligadas ao setor, já que cria expectativa de melhora dos resultados, ou na pior, redução dos prejuízos.

 

Os números relacionados com o fluxo cambial só indicam piora, mas ha perspectiva de melhora, que por ser efetiva, vem evitando alta mais expressiva do preço da moeda americana.

 

Nas nossas abordagens diárias temos mencionado o desapontador desempenho da balança comercial brasileira; o fluxo cambial persistente negativo; os bancos com posições “vendidas” crescentes e, ainda, destacado, que as projeções do Boletim FOCUS estão aproximando muito a somatória dos IED´s e superávit da balança comercial com o déficit em transações correntes, sugerindo que o país precisa ter foco em estimular o ingresso de divisas para não ter que vir a utilizar suas reservas cambiais.

 

Hoje o BC divulgou dados de março passado. Os IED´s atingiram US$ 5,7 Bi enquanto o déficit em transações correntes se elevou em US$ 6,9 Bi. Os brasileiros, a despeito da alta do preço do dólar, continuam gastando muito e driblam o IOF de 6% sobre as faturas com a compra de cartões “cheios” no país, inexplicavelmente não atingidos pela mesma tributação de 6%, e acumularam gastos em março de US$ 1,87 Bi (US$ 1,63 Bi em 2012) e no 1º trimestre totalizaram US$ 6,0 Bi (US$ 5,38 Bi em 2012).

 

O BC está “assistindo” ao comportamento do câmbio sem intervir, pois há evidência que a demanda presente é por dólares efetivos e nem tanto por “swaps cambiais”, e contando com a efetivação da perspectiva presente de ingressos de captações de recursos no exterior por parte das empresas brasileiras, não intervém.

 

O fato é que a esperada contribuição das exportações das safras agrícolas não vem trazendo a contribuição esperada, ou melhor, tem se revelado insuficiente para atender a demanda do mercado.

 

O foco agora são as captações externas das empresas a médio/longo prazos, fora do alcance do IOF de 6%. Embora haja boa perspectiva, resta saber se em volume serão suficientes para atenuar a “ressaca” presente.

 

O mercado internacional está com elevada liquidez em decorrência do programa do Japão, mas a possibilidade de redução do juro na Europa pode aumentar a oferta de recursos em busca de rentabilidade. Os efeitos mais imediatos têm sido observados nos títulos federais americanos, que sofrem pressão de demanda por isso apresentam valorização e reduzem na contra ponta a rentabilidade. Na margem, o dólar se valoriza frente ao euro, como consequência do aumento da demanda da moeda americana para direcionamento das aplicações.

 

A nossa convicção presente é que o BC está aguardando que ocorram os ingressos dos recursos captados por empresas brasileiras, mantendo a posição de não alterar as barreiras tributárias até que possa mensurar os volumes e impactos dos mesmos.

 

E, acreditamos que o comportamento do preço da moeda mantendo-se no patamar atual com baixa volatilidade reflete este ambiente interno, com baixa influência do mercado externo.

 

Vale destacar, até porque deverá impactar na balança comercial brasileira, que o governo adotou ontem medida na área dos combustíveis, definindo a colocação de “mais água no chopp”, ou seja, aumentando de 20% para 25% a mistura do álcool anidro na gasolina. Do ponto de vista inflação não se espera nenhum impacto, visto que o governo não tem expectativa de mudança de preço na bomba, a despeito de existir lógica para que isto ocorresse.

 

Afora isto, abriu linhas de financiamento, etc. que o setor está demonstrando serem tardias e sem o alcance todo propagado.

 

Contudo, ao aumentar o percentual do etanol na mistura aumenta sua demanda e estimula o desestimulado produtor que teve suas margens corroídas pela contenção fora do ponto do preço da gasolina que é fator limitante para elevar o preço. Entidades do setor alegam que já fecharam 40 usinas e há mais umas 15 para fechar.

 

Mas, mais do que isto, deverá ter impacto redutor nos volumes de importações de gasolina por parte da Petrobrás, que segundo consta paga mais caro do que o preço que vende, e isto deverá ter impacto na balança comercial brasileira, que tem desapontador desempenho este ano.

 

Este fato impacta no comportamento das ações das empresas ligadas ao setor, já que cria expectativa de melhora dos resultados, ou na pior, redução dos prejuízos.

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