Análise do Mercado – 28/11/2012

O COPOM ao encerrar sua reunião hoje deverá ratificar a manutenção da taxa SELIC de 7,25%, em linha com o consenso do mercado financeiro.

Nossa perspectiva é que esta taxa SELIC prevaleça inalterada até o final de 2013 e, se pressões inflacionárias vier a ocorrer, acreditamos que o governo tenda a adotar medidas prudenciais ao invés de utilizar a contumaz alteração do juro.

 

 

Estabelecida nova banda cambial, agora R$ 2,05 a R$ 2,10, com perspectiva de ajustes ao longo do ano de 2013 alinhados com a reação da atividade econômica e investimentos da indústria nacional e comportamento da inflação, e com juro praticamente fixo para todo o ano de 2013, o mercado de câmbio tende a “perder a graça” por um novo período.

Alguma pressão altista poderá ocorrer no transcurso das próximas semanas se o fluxo cambial assumir tendência negativa, que, então teria que ser contida pelo BC com leilões de venda no mercado de câmbio interbancário de dólares efetivos e não com os instrumentos financeiros, os “swaps”.

De hoje a sexta-feira, 28 a 30, enquanto o BC não definir sua decisão acerca da posição de 30.000 contratos de “swaps cambiais reversos” poderemos ter alguma volatilidade em torno da mediana do preço entre R$ 2,05 a R$ 2,10.

No nosso entender se o preço do mercado estiver sustentável acima da mediana o BC tenderá a promover a liquidação normal da posição vincenda na data do vencimento. Rolagem só tende a ocorrer se a taxa cair abaixo da mediana e demonstrar-se pouco sustentável.

Acreditamos que haverá pressão de alta, o que determinará que o BC promova a liquidação normal da posição vincenda de 30.000 contratos de “swaps cambiais reversos”, o que terá efeito venda no mercado de derivativos e afetará o preço no mercado à vista.

A posição de ontem da BM&FBovespa evidencia que os bancos estão liquidamente vendidos em cupom cambial-DDi em US$ 4,27 Bi e mais em dólar futuro em US$ 4,41 Bi, totalizando US$ 8,68 Bi. Investidores Institucionais Nacional estavam liquidamente comprados em cupom cambial-DDI em US$ 7,07 Bi e mais em dólar futuro em US$ 5,30 Bi, totalizando US$ 12,37 Bi. Os Investidores Não Residentes estavam liquidamente vendidos em cupom cambial-DDI em US$ 2,90 Bi e mais em dólar futuro em US$ 1,02 Bi totalizando US$ 3,92 Bi.

Nos Estados Unidos, onde ocorreu aumento do preço dos imóveis e queda dos preços da gasolina, fatos que repercutem positivamente na confiança do consumidor americano, contudo, a questão em torno do “penhasco fiscal” continua pesando nos humores dada a sua relevância.

Na Europa e sua euro zona o afrouxamento de prazos para evitar o caos da Grécia, não parece alicerçar mudança de animo, merecendo pouca credibilidade a declaração das autoridades gregas de que o país crescerá em 2013, o que parece pouco provável.

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