Análise do Mercado – 18/03/2011

O anúncio da decisão dos ministros de finanças do G7 de intervenção coordenada nos mercados de câmbio em apoio à moeda e a economia do Japão, aliada à notícia de cessar fogo dado pela Líbia, promovem uma sexta-feira menos tensa nos mercados…

O anúncio da decisão dos ministros de finanças do G7 de intervenção coordenada nos mercados de câmbio em apoio à moeda e a economia do Japão, aliada à notícia de cessar fogo dado pela Líbia, promovem uma sexta-feira menos tensa nos mercados financeiros mundiais e “dá um tempo” para que ocorra movimento recuperatório.

Restabelecendo-se, pelo menos de momento, um otimismo com reservas, espera-se menor volatilidade e consequentemente menos oscilações contendo os fortes movimentos de vendas entre investidores.

Importantes gestores de fundos japoneses vêm procurando acalmar o mercado financeiro mundial, quanto à possibilidade de repatriamento de investimentos mantidos por investidores japoneses no exterior.

Esta é uma das grandes preocupações dos mercados financeiros visto que os investidores japoneses detêm estimados US$ 480,0 Bi aplicados no exterior e, num quadro caótico como o que se instalou no país face ao terremoto e ao tsunami, poderia ocorrer um repatriamento abrupto causando enorme pressão nos preços dos ativos, com grande pressão sobre o yen.

Desta forma, saem de cena as pressões desarticuladoras e entra uma melhora de humor, não rigorosamente otimismo, que, contudo, coloca os preços dos ativos em recuperação, em todos os mercados financeiros.

Assim, também, ocorre no Brasil, com a Bovespa recuperando-se, mas precisando ser melhor observada, visto que os estrangeiros, neste ano até o dia 15 passado, haviam retirado US$ 1,0 Bi do nosso mercado de ações, e nos parece improvável que, considerando o ambiente externo ainda com muitas incertezas, retornem ao Brasil rapidamente.

Nas mesas de câmbio do mercado perdura o ambiente de inquietação causada pela expectativa de que o governo venha a adotar medidas afetando a dinâmica do mercado de câmbio, “pré-anunciada” pelo Ministro Mantega e até agora não implementada.

É tida como certa a tributação sobre os ingressos de empréstimos de curto prazo, havendo fundamento inquestionável para uma medida nesta linha no momento, porém parece que a conturbada cena externa face ao problema do Japão, está criando insegurança nas autoridades para a implementação imediata.

Enquanto isto, o fluxo cambial se antecipa à medida e se faz forte para o país, com base em empréstimos de curto prazo, a liquidez continua “bombando” e o crédito ao consumidor acessível.

Ficar na postura “um olho no peixe e outro no gato” pode parecer sensato, mas devemos priorizar os “cuidados com a nossa inflação”, e esta requer cuidados imediatos, o que implica em agir e fechar este canal de irrigação da liquidez que está confrontando com a política monetária desejada pelo governo.

Não podemos deixar de fazer a lição de casa e ficar aguardando que o mundo resolva seus problemas, que, certamente, não alcançarão soluções no curto prazo.

Baixem-se as normas!

A China nos dá um bom exemplo neste momento, a crise ocorre, mas não deixa de fazer as correções necessárias, e assim, de olho na inflação, aumentou pela 6ª vez em 5 meses o compulsório dos bancos, mais 0,5%.

A FAMÍLIA NGO ESTÁ EM FESTA!

Hoje COMPLETAMOS 20 ANOS de atividade e gostaríamos de manifestar a todos o “nosso” muito obrigado”.

Esta trajetória só foi possível com a parceria e apoio de todos vocês que nos prestigiam cotidianamente.

 

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