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Câmbio: antes de Datafolha e debate, ajuste pode ser limitado por dólar e juro de T-note fortes

"O viés de ajuste no preço do dólar no Brasil decorre do desalinhamento havido pela exacerbação especulativa, por isso o movimento contrário no exterior, que valoriza o dólar, não encontra sinergia no nosso mercado local, até que o preço retorne ao equilíbrio de R$ 3,80."

O dólar ante o real pode ter ajustes mais leves hoje, após a pesquisa Ibope para presidente, divulgada ontem à noite, ter indicado que deve haver segundo turno na eleição presidencial e que ele tende a ser disputado pelos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Há grande expectativa ainda pela nova sondagem Datafolha e o debate entre os presidenciáveis na tevê Globo, hoje à noite.

Além disso, a persistente elevação da moeda americana e dos juros dos Treasuries nos Estados Unidos nesta manhã, antes do relatório de empregos do país de setembro, que será divulgado amanhã, pode ajudar a conter o otimismo dos investidores locais visto nas últimas duas sessões. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, traçou ontem um cenário otimista para os EUA, sugerindo que mais altas de juros estão por vir no país.

No Ibope de ontem, Bolsonaro e Haddad têm 32% e 23% das intenções de voto, respectivamente, e são seguidos por Ciro Gomes (PDT, 10%) e Geraldo Alckmin (PSDB, 7%). Em relação à pesquisa anterior, divulgada na segunda-feira, os principais candidatos apenas oscilaram dentro da margem de erro: Bolsonaro e Haddad ganharam um e dois pontos, respectivamente, enquanto Ciro e Alckmin perderam um ponto cada um. Em votos válidos, ou seja, sem considerar os brancos e nulos, o placar entre os dois primeiros colocados é de 38% a 28%. Se o segundo turno entre Haddad e Bolsonaro fosse disputado hoje, haveria um empate técnico: 43% dos votos totais para o petista e 41% para seu adversário. Em votos válidos, o placar seria, pela ordem, de 51% a 49%. Bolsonaro disse, em um vídeo ao vivo publicado em seu Facebook, que respeitará o resultado das eleições, mas que não ligará para Haddad, caso este vença. O capitão reformado não irá ao debate de hoje, mas estará presente em suas redes sociais.

Lá fora, o dólar mantém força diante de outras moedas fortes, porém oscila perto da estabilidade em relação a algumas dessas divisas, consolidando ganhos recentes. Às 8h30, o dólar caía a 114,29 ienes, ante 114,32 ienes no fim da tarde de ontem. A libra operava estável a US$ 1,2977, enquanto o euro recuava a US$ 1,1496, de US$ 1,1518 no fim da tarde de ontem, e o dólar ainda subia a 0,9917 francos suíços. A divisa dos EUA mostrava leves sinais mistos frente a moedas de países emergentes e ligadas a commodities.


Fonte: Broadcast Estadão
Publicado: 04 de outubro de 2018

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